2 Dedos de Conversa
... sobre o que nos desaquieta
05 março 2021
as coisas como elas são
04 março 2021
Berlinale 2021 - terceiro dia
Nesta Berlinale online, o que perco em qualidade e ambiente ganho em quantidade de filmes que posso ver, por não estar em filas nem andar a correr pela cidade para ir de um cinema para outro. Este ano dão-nos acesso não apenas aos filmes do festival em si, mas também a muitos do European Film Market. À conta disso, ontem vi o fascinante-extraordinário-fantástico-poético-etc. Josep - que já está numa plataforma online perto de si.
Passei a manhã de lágrima ao canto do olho - primeiro por causa do Petite Maman, que está em competição, e depois por causa do It Was Spring, um documentário feito com testemunhos de italianos que filmaram cenas do seu lockdown de Março a Maio.
De caminho, a dificuldade da escolha. Os problemas ambientais parecem ser de momento um tema importante no cinema russo (partilho o trailer de um que lamento não ter visto), as repúblicas bálticas estão a trabalhar o período soviético (vi dois desses), da Hungria veio um filme que - pelo pouco que vi - me pareceu muito bem feito sobre um caso real de prepotência da polícia política. E centenas de etc.
03 março 2021
Berlinale 2021 - segundo dia
No segundo dia comecei a atinar mais. A aprender a este ritmo, lá para sábado vou saber orientar-me como um peixe em água sem plástico.
Pois, mas a Berlinale acaba na sexta.
O primeiro filme que vi era da competição (depois ponho aqui nomes, trailers, tudo), e muito escuro e lento. Ainda bem que era lento, porque só perdi umas quantas árvores na floresta russa enquanto tentava descobrir a maneira de aumentar a luminosidade no ecrã. Podiam ter contado a história em metade do tempo, e aposto que não perdia o dramatismo. Mas pelo menos sempre aproveitei para ir fazendo umas transferências bancárias enquanto os soldados avançavam às escuras pela floresta.
O segundo vinha da Roménia, era também da competição, e foi o mais extraordinário que vi até agora. Se não ganhar o urso de ouro, deito fora os meus crachats todos da Berlinale.
Outro momento alto do dia foi um documentário sobre o Paolo Conte que vi vez e meia (e teria sido duas vezes, com imenso prazer, mas fecharam a transmissão). Este documentário vai fazer o seu caminho por aí, e recomendo vivamente.
Um momento triste foi quando me apercebi que deixei escapar um que queria muito ver, e já não estava online quando lá cheguei. Se a vida me der uma segunda chance, logo direi.
Tem as suas vantagens estar em casa a ver, a rever, a voltar atrás para repetir uma passagem, a passar de um filme para outro quando me apetece, a não perder tempo para ir de um cinema ao outro. Mas a verdade é que me falta tudo: o bulício, o ecrã gigante, o som gigante, as conversas com os outros nas filas dos cinemas, as conversas com os autores dos filmes, a festa no palco, a festa na rua, a festa da Berlinale.
02 março 2021
cartaz
"This year's Berlinale Bear is a typical Berlin character. The likeable hand-made motif exudes optimism in these challenging times and spreads a thrill of anticipation for the two stages of the film festival,” comments Berlinale Executive Director Mariette Rissenbeek on the motif for the Berlinale 2021.
Berlinale 2021 - primeiro dia
No primeiro dia desta versão online da Berlinale fartei-me de fazer asneiras. Entrei mal preparada (nos dias anteriores tinha andado muito ocupada com uma tradução difícil e urgente, e a tentar ver-me livre de uma intoxicação alimentar que apanhei por ser tão palerma que prefiro nem contar), e às nove da manhã comecei logo ali a perder tempo tentando entrar num filme que era só para convidados. Atrasada e aflita, agarrei-me ao primeiro que me pareceu interessante, pensando que fechavam a porta como nos cinemas.
Pelo caminho sofri a sensação de sufoco que o programa da Berlinale me provoca: ou isto ou aquilo, ou aquilo, ou aquilo, ou aquilo, ou aquilo, e vivo escolhendo o dia inteiro. E descobri que afinal não é como no cinema - o filme fica disponível ainda algumas horas depois do início da exibição.
Guardei alguns filmes para ver mais ao fim do dia, mas quando tentei entrar já estavam fechados. Ignorei um que estava disponível, sobre o salmão numa região da Rússia (e bem me arrependi depois!) e vi o único que ainda estava no ar. Era muito engraçado, mas fecharam-no justamente quando estava a chegar ao desfecho.
A ver que asneiras faço no segundo dia.
(Quando tiver tempo, venho cá completar com os filmes que vi)
01 março 2021
faz hoje um ano que...
Faz hoje um ano que nos pusemos a caminho da Bretanha. O mundo estava a acabrunhar-se de covid, mas nós, longe dos noticiários e jornais do nosso antigo quotidiano, quase nem nos dávamos conta da dimensão do descalabro.
Em França só se podia passear até 1 km de casa. Mas como se podia ir às compras, nós passeávamos em passo mais ou menos apressado até ao porto de Brest para comprar peixe e marisco fresquíssimos. Todos os dias.
Passámos seis meses num apartamento minúsculo com uma vista fantástica, e eu olhava pela janela e pensava no colega Monet, que também se deslumbrava com aquelas variações de luz.
Olhando para este período, penso naqueles mergulhadores que estavam no fundo do mar no momento em que um tsunâmi se estava a largar sobre a costa. A Bretanha foi o nosso fundo do mar, estável, belo e fora do mundo.
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Comecei um diário. Mas quando o confinamento acabou, e a Bretanha se ofereceu em verão, deparei-me com o problema do costume: não consigo viver tão intensamente e escrever ao mesmo tempo.
Talvez agora, quando faz um ano que começámos esta aventura, consiga recuperar as pontas.
(Depois aproveito, e escrevo sobre as viagens à África do Sul, à Bolívia, ao Peru, à Costa Rica...)
Mas para já estou a aviar filmes da Berlinale online como se não houvesse amanhã.
(E ainda não escrevi sobre os que vi na do ano passado - que interrompi no penúltimo dia para me pôr a caminho da Bretanha.)
28 fevereiro 2021
o cinema que nos ilumina
26 fevereiro 2021
boas notícias
férias em Marte
Uma perplexidade que me ocorre quando penso nas pessoas que querem ir passar uma temporada em Marte: que se passará dentro de um ser humano para querer trocar o verde e o azul, o mar as florestas os lagos e os rios, os aromas e os sabores, um encontro imprevisto a meio do dia, trocar tudo isso, dizia, por uma viagem de vários meses em relativa imobilidade, a comer farinhas e a usar fraldas, e uma estadia num deserto cujo oásis se encontra a milhentos milhões de quilómetros? Será que Marte se vai tornar num retiro psiquiátrico para multimilionários em excesso de si próprios?
25 fevereiro 2021
não há condições
Ontem fui passear na floresta outra vez. Mas estava com uma amiga que não me deixava tirar muitas fotografias. Foram apenas 320...
Bem queria desbastar os vários milhares de imagens que Fevereiro me tem dado, mas quase todos os dias o sol me chama para sair de novo com a máquina fotográfica.
Hoje, por exemplo: agarrem-me, que...
uma gripe como as outras
Este gráfico, que trago de uma newsletter do New York Times, responde a quem diz que no inverno os hospitais também se enchem com casos de gripe, e que a gripe também mata muito mas nenhum governo faz as fitas que agora se estão a fazer por causa da covid, e que ___________________________ .
[espaço para preencher com uma teoria da conspiração qualquer, das muitas que têm surgido neste planeta cada vez mais plano]
Talvez não seja "uma gripezinha" - e convém pensar também sobre qual seria o tamanho da barra a vermelho se não tivessem sido tomadas tantas medidas drásticas para tentar reduzir os contágios.
"ruibarbo"
No dia em que "ruibarbo" foi a palavra mágica na Enciclopédia Ilustrada lembrei-me de algumas histórias do Kaminer e contei-as de rajada.
(Dica para mim própria: quando quiser escrever um post bastante apreciado naquele grupo, basta-me traduzir uma história qualquer do Kaminer.)
testemunha de um outro tempo
24 fevereiro 2021
primavera anunciada
23 fevereiro 2021
os monumentos intocáveis
A propósito da sugestão de derrubar o Padrão dos Descobrimentos, feita pelo deputado socialista Ascenso Simões:
1. Fique registado que a sugestão foi inequivocamente criticada pela esmagadora maioria da esquerda. Quando, daqui a uns tempos, houver por aí pessoal a choramingar que "querem mandar a Torre de Belém para a Coreia do Norte", pode-se responder que a esquerda deixou bem claro que não se toca nem sequer no Padrão dos Descobrimentos, quanto mais.
2. Fique registado que aquele senhor que quer meter minorias étnicas em campos de concentração aproveitou o ensejo para apelar ao voto no seu partido com um argumento de antológica cobardia:
"É isto que temos...ou votamos no CHEGA para parar esta loucura, ou vamos acabar todos a pagar indemnizações pelo Império Colonial."
Agarrar-se obstinadamente a uma ficção histórica que lhe permita furtar-se às suas responsabilidades é uma atitude que envergonha Portugal, e faz do Chega um partido de poltrões: gente que morre de medo de assumir. A valentia que têm só lhes chega para perseguir os mais fracos. Quando o adversário é forte, metem-se debaixo da cama com o rabinho entre as pernas e a gemer "ai, mãe!"
Mas, diga-se de passagem, não é preciso fugir para baixo da cama. Primeiro, porque - tanto quanto sei - ainda nenhum país mandou a factura (excepto a Grécia, que já fez a conta aos prejuízos que a Alemanha nazi lhe causou - mas parece que a carta não chegou ao destinatário). Depois, caso algum país enviasse a factura, Portugal podia esconder-se atrás da Grã-Bretanha e das outras antigas potências imperiais europeias, armando-se em "português suave" e de "brandos costumes".
(Claro que também podia seguir o exemplo do moco como a Alemanha tem assumido a sua responsabilidade no Holocausto, mas isso é seguramente mais do que um partidário do Chega conseguiria suportar.)
3. Faço um gostinho à nova moda de equiparar tudo (e até vou citar o Trump: "very fine people on both sides") e sugiro que se deixe ficar o Padrão dos Descobrimentos como está, complementando-o com um conjunto de painéis de informação iconológica da estatutária de sistemas ditatoriais (o memorial soviético de Treptow, em Berlim, por exemplo), e do seu oposto (obras de arte da mesma época que escaparam à lógica iconográfica do regime).
4. De um modo geral, parece-me mais instrutivo complementar a estatutária instalada, juntando-lhe informações sobre a época e a ideologia que lhe deu origem, e enriquecendo-a com novos monumentos que espelhem o modo como a nossa época olha para si própria e para essas páginas da História.
(Um exemplo: do mesmo modo que seria impensável os EUA fazerem hoje um museu da descoberta da energia nuclear sem referir as bombas de Hiroxima e Nagasaki, é impensável falar na extraordinária aventura marítima portuguesa sem referir também o negócio português da escravatura, ou os saques, os massacres e as destruições das populações que "descobrimos".)
5. Dou a palavra a Daniel Carrapa, que escreveu sobre este assunto um texto ponderado e inteligente:

19 fevereiro 2021
falar do nosso colonialismo
Partilho um testemunho sobre a vida nas regiões que colonizámos, escrito pela Leah Pimentel na sua página de facebook. É preciso falarmos disto: para não esquecer, e para nos confrontarmos de forma séria com o nosso racismo, em vez de continuarmos a repetir ideias feitas que herdámos acriticamente do Estado Novo.
Devemos isso aos povos que escravizámos e explorámos, cujos descendentes - muitos deles nossos compatriotas - vivem ainda sob o jugo das consequências dessa História que lhes foi imposta.
Devemo-lo também a nós, porque (desculpem a revelação) os cidadãos do resto do mundo não foram socializados pelo Estado Novo - o que significa que os não-portugueses não olham para a História de Portugal com a mesma indulgência que nós nos permitimos. Ter consciência disso permite-nos evitar alguns incómodos quando nos movemos num contexto internacional.
Passo a palavra à Leah Pimentel:
18 fevereiro 2021
"um crime contra as crianças e os jovens"
Esta manhã, a newsletter do Spiegel fazia acusações muito duras ao governo alemão sobre o modo como estão a descurar os interesses das crianças e dos jovens durante a pandemia. Vinha a propósito da entrevista a Heinz-Elmar Tenorth, especialista em História da Educação, na qual ele afirmava que estamos a assistir a um processo de regressão social que nos leva de volta ao início do século XIX: a origem social dos alunos tem de novo um papel determinante na educação que cada um deles recebe; repentinamente os pais são obrigados a assumir funções de ensino que um professor só começa a desempenhar após cinco anos de preparação. Além disso, a escola tem uma vida própria, protege os menores da violência doméstica e simultaneamente permite-lhes encontrarem-se com o seu "peer group" - o que é vital para o desenvolvimento das crianças e dos jovens.
Traduzo parte da newsletter:
«Não há como dourar a pílula. A política alemã cometeu erros graves contra as crianças e os jovens. Apesar de inúmeros avisos, nada foi feito para poder dar aulas adequadas mesmo em tempos de pandemia.
O Estado:
- fechou as escolas, enquanto permitia que a maior parte dos escritórios e das unidades de produção continuassem abertos;
- não instalou equipamentos de filtragem do ar nas salas de aulas;
- não cuidou de disponibilizar testes rápidos para todos os professores e também para todos os alunos;
- não fez nada para proporcionar aulas digitais adequadas;
- não tomou qualquer outra medida de apoio complementar.
"Suspender a escola é um crime contra os menores", disse o historiador da Educação Tenorth numa entrevista com a jornalista Katja Iken. De todas as falhas na política de combate ao vírus, o fracasso escolar é, na realidade, a mais grave. As consequências irão fazer-se sentir na nossa sociedade ainda durante muitos anos.»
Não tenho particular interesse em dar uma imagem negativa da Alemanha, mas parece-me importante lembrar que não é só em Portugal que as coisas correm mal. Melhor seria que todos os países da União Europeia unissem esforços na busca de soluções para minorar os erros que estão a ser cometidos, e preparar com carácter de urgência programas especiais de apoio a estes grupos etários.
you're the judge
16 fevereiro 2021
click-click-click
Hesito entre falar disto ou passar adiante fazendo de conta que não vi. É uma decisão difícil, porque falar equivale a dar clicks aos chalupas de agenda oportunista, mas calar é - como diz o povo - consentir.
E lá terei de dar dar um gostinho à Joana Amaral Dias, que pelos vistos levou muito a sério aquele chavão do marketing sobre não haver má publicidade, porque o importante é que se fale do produto.
O que eu gostava de entender é qual é o produto que a Joana Amaral Dias quer vender, e o que traz de positivo para os "clientes".
Ora então:
1. O escandaloso caso da manipulação governamental dos cientistas alemães:
Uma amiga mostrou-me este post, que me surpreendeu muito: então a Alemanha esta a arder e só eu é que não reparei? Fiz uma pesquisa pela internet, e descobri que os jornais de referência também não repararam. Ai, a falta que uma Joana Amaral Dias faz na Alemanha!...
A notícia original, publicada no jornal Welt, que pertence à Springer Verlag (aviso a quem não sabe: quando a fonte é "Welt", "Bild" ou, de um modo geral, "Springer Verlag", desconfiem) adianta no título que "O Ministério do Interior pressionou cientistas para justificar as medidas de luta contra a covid" (aqui, em alemão).
Os factos (retirados deste artigo do FAZ, em alemão): o ministro do Interior, que é também responsável por manter a estabilidade no país, já em Janeiro tinha dado indicações para o ministério estar muito atento ao problema da covid. Em meados de Fevereiro mandou observar de muito perto o que estava a acontecer nos outros países e tirar ilações sobre os perigos que a Alemanha corria. A 10 de Março, depois de receber um trabalho sobre as implicações económicas da crise, pediu ao seu secretário de Estado Markus Kerber que preparasse um documento estratégico com uma previsão do Worst Case Scenario. Markus Kerber pediu a um grupo de cerca de 10 investigadores que traçassem um quadro de referência que permitisse justificar perante a população "medidas de natureza preventiva e repressiva". O grupo trabalhou intensamente durante três dias. O documento ficou pronto a 22 de Março, o domingo em que a chanceler e os ministros-presidentes dos Estados decidiram impor ao país um lockdown, e foi apresentado à chanceler no dia seguinte. Este não é o primeiro documento do género preparado pelo ministério do Interior da Alemanha. Já em 2012 tinha sido apresentado um trabalho sobre os riscos de uma pandemia SARS, no qual se dava muita importância à questão da comunicação e à necessidade de a população entender a razão das medidas impostas.
Este documento de 2020 estava escrito num tom demasiado dramático, pouco habitual em documentos do governo, e não suscitou grande interesse nos gabinetes políticos berlinenses. Foi entregue com reservas a alguns órgãos de comunicação social, que informaram sobre determinadas passagens, e pouco depois acabou por ser disponibilizado integralmente na internet (primeiro por uma organização que teve acesso ao documento, e depois pelo próprio Parlamento - aqui, em alemão).
A notícia do FAZ centrava-se na questão da comunicação: qual é o tom certo para informar sobre algo desta gravidade sem criar pânico na população? E terminava com questões que vou traduzir de seguida. Há aqui material suficiente para, fazendo uso de uma interpretação muito criativa, a Joana Amaral Dias publicar pelo menos dez posts do tipo "ai que grande escândalo, click-click-click estamos mesmo click-click-click mesmo click-click-click mesmo click-click-click prestes a chegar ao fim do mundo!"
Dizia o FAZ (em 2.4.2020): No Ministério Federal do Interior e no Gabinete Federal de Imprensa sabe-se como é difícil explicar às pessoas que no dia 20 de Abril não vai haver o "Exit" que todos esperam. Ainda há margem para aumentar o tom na comunicação, com o objectivo de tornar claro qual é o perigo para as pessoas - e o documento oferece sugestões concretas. Mas o Governo Federal não quer trabalhar apenas com o medo. Por conseguinte, o Ministério Federal do Interior está a considerar uma nova narrativa, a partir das questões: Que tipo de sociedade queremos ser? Uma sociedade que protege os velhos e os fracos - ou uma sociedade em que só os mais fortes sobrevivem? Uma sociedade em que a ideia de solidariedade é popular - ou onde uma mentalidade de autoculpabilização é dominante?
O Governo Federal pode pôr essas questões na mesa, mas tem de trazer para o debate também as Igrejas, os sindicatos e outros actores da sociedade civil. Aparentemente, é este o plano do Ministério Federal do Interior.
Já imagino os posts da Joana Amaral Dias:
"O Governo alemão recrutou padres para fazerem lavagem ao cérebro da população alemã!"
"O Governo alemão manipulou sindicatos para impor as suas escolhas autoritárias e repressivas!"
"O Governo alemão recrutou actores da sociedade civil para o ajudarem a justificar a suspensão de direitos, liberdades e garantias!"
Wow, que escândalo! E: wow, quanto movimento na conta da Joana Amaral Dias!
click-click-click
2. O escandaloso caso do matemático que previu o que aconteceria se não fossem tomadas medidas, e falhou porque os números que previu não se verificaram, uma vez que foram tomadas medidas
Trago a imagem e o texto do Daniel Carrapa (no facebook):
"Atentemos neste caso extremo de chalupismo que protagoniza hoje a Joana Amaral Dias. Critica o matemático Carlos Antunes, responsável pelas previsões do Infarmed, por ter dito no dia 20 de janeiro que, no mês de fevereiro, Portugal estaria a enfrentar 17 mil casos diários, e afinal estamos nos 3 mil.
Relembremos que, no dia 20 de janeiro, registavam-se 14647 novos casos, número que atingiu o seu valor máximo no dia 28 de janeiro com 16432.
Relembremos que o país entrou em dever de confinamento obrigatório a 15 de janeiro, confinamento que seria reforçado uma semana depois com o anúncio de medidas coercivas e ainda com o fecho das escolas, a 21 de janeiro.
E que, mesmo assim, foi sempre a subir até àquele dia 28, onde praticamente já estávamos a bater à porta dos ditos 17 mil.
É assim fácil concluir que, se algum erro cometeu o matemático Carlos Antunes a 20 de janeiro, foi o de estar a ser demasiado brando nas suas previsões. E que foram os efeitos conjugados das várias medidas de confinamento que contribuíram para a redução de casos a que assistimos nas duas primeiras semanas de fevereiro.
É verdade que o confinamento é uma solução horrível, cheia de efeitos colaterais, que só faz sentido quando já tudo o resto correu mal. Mas a chalupa Joana Amaral Dias, que ainda ontem questionava a eficácia dos confinamentos, critica hoje um matemático por errar previsões por causa da eficácia dos confinamentos. É um caso verdadeiramente notável de alguém que consegue ser tão do contra que até consegue pensar completamente ao contrário.
Enfim, os chalupas andam aí, sempre à procura das suas verdades... "
Ao que diz o Daniel Carrapa acrescentaria apenas:click-click-click.
3. Para a Joana Amaral Dias saber quem é amiga, ofereço-lhe mais uma oportunidade de clicks (à maneira da Springer Verlag, que lhe dá as maiores alegrias):
Primeiro passo: escreve posts a criar confusão, angústia e insegurança.
click-click-click
Segundo passo: escreve posts a criticar o estado de confusão, angústia e insegurança em que a população se encontra.
click-click-click
Terceiro passo: vai à CMTV acusar a internet de estar a criar um estado de confusão, angústia e insegurança.
click-click-click
Quarto passo: volta ao seu mural de facebook, põe link para a entrevista na CMTV, e diz "o que é que o governo tem a dizer sobre isto, hã?"
click-click-click
13 fevereiro 2021
um pouco a sul do pólo norte
12 fevereiro 2021
quase nem...
Hoje o dia estava tão perfeito que nem me apetecia tirar fotografias. Foram pouco mais de mil... Depois conto.
11 fevereiro 2021
a vez dos pássaros
Guardei as imagens dos pássaros para um post independente. Agora agarrem-me, porque são dezenas fotos de chapins, e não sei quais delas devo deixar de fora. Para piorar, se amanhã estiver uma luz bonita sou capaz de ir de novo para lá. Este blogue corre o risco de tornar-se a sede de uma associação qualquer de fotógrafos de pássaros.
Para já, aqui deixo algumas das fotografias de ontem.
Começo pelo chapim-real:
E a garça que queria entrar num quadro de Hopper: