Em tradução muito rápida, aqui deixo uma "carta ao Pai Natal" de um famoso autor alemão:
Meu caro e bom Pai Natal,
Estás a ver de que me queixo?
Olha bem para o globo
Alguém o tirou do eixo.
Pasmados, todos lamentam,
Com um ar entristecido.
Quem terá sido o culpado?
Ninguém quer ser o bandido.
Passamos mal de verdade.
Vem depressa , e traz contigo
Uma vara e um cajado
Mas que seja bem comprido!
Vai aos senhores da indústria
Mesmo com ar de inocentes
Faz o que tem de ser feito:
Dá-lhes palmadas valentes
E aos senhores da política
dá o castigo merecido.
Se chorarem, manda-os ler
o programa do partido.
Erich Kästner
Esta "carta" foi escrita em 1930. Numa das estrofes seguintes, pede ao Pai Natal que vá a Munique, onde vive um tal de Hitler, dar-lhe uma boa ensaboadela. Pede para nos livrar dessa praga, porque já nenhum humano o consegue. E termina com "isso sim, seria um belo Natal!"
Amig@s, desculpem que revele isto abertamente, mas: o pai Natal não existe.
O nosso mundo precisa de nós, depende de nós para reentrar nos eixos. Que nunca foram muito certos - mas isso não pode ser motivo para deixarmos que tudo descarrile.
Vamos lá, então: bom Natal, e bom trabalho!
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Lieber guter Weihnachtsmann,
Weißt du nicht, wie's um uns steht?
Schau dir mal den Globus an.
Da hat einer dran gedreht.
Alle stehn herum und klagen.
Alle blicken traurig drein.
Wer es war, ist schwer zu sagen.
keiner will's gewesen sein.
Uns ist gar nicht wohl zumute.
Kommen sollst du, aber bloß
Mit nem Stock und mit ner Rute.
Beide bitte ziemlich groß.
Leg die Herrn der Industrie,
Auch wenn sie sich harmlos stellen,
Kurz entschlossen übers Knie,
Denn das hilft in solchen Fällen.
Ziehe denen, die regieren,
Bitteschön, die Hosen stramm.
Wenn sie heulen und sich zieren,
Zeig auf ihr Parteiprogramm.