2 Dedos de Conversa
... sobre o que nos desaquieta
24 novembro 2025
pão nosso de cada dia
23 novembro 2025
passeio dominical
22 novembro 2025
mirone
20 novembro 2025
dois anos sem a Sara Tavares
conforme a reacção
19 novembro 2025
aqui e agora
18 novembro 2025
preciso de um cardiologista
17 novembro 2025
15 novembro 2025
em bicos de pés
13 novembro 2025
mais queixas
Ontem, o telemóvel ouviu que estávamos a falar em comprar um pinheirinho de Natal como deve ser, com o seu aroma a floresta, e mais as velas de cera de abelha, e os pássaros de vidro checos, e tudo. É que vamos ter um convidado especial, directamente vindo da Trumpsilvânia(*), e queremos impressioná-lo e mostrar-lhe como tudo é lindo e aprazível aqui no nosso continente onde impera o comunismo. Mas não gostamos nada da ideia de comprar uma árvore para deitar fora logo a seguir (nós, os da seita do clima, somos assim).
Como ia dizendo: ontem, o telemóvel ouviu a conversa em português, e esta madrugada já me estava a informar em alemão que é possível comprar um abeto anão no vaso, com links e preços e tudo. Só cresce até 1,5 m, pode passar o ano todo na varanda, e no Natal vem para dentro de casa, e todos são felizes para sempre.
Agora, digam-me cá como devo reagir.
É que devia ficar chocada e aterrorizada por isto estar a acontecer, mas a verdade é que me sinto grata e muito tentada a aceitar a sugestão.
Será síndrome de Estocolmo?
[ pssst, ó telemóvel: se me dissesses onde arranjar mais pássaros de vidro com plumas na cauda, sem ter de ir ao mercado de Natal de Erfurt ali por volta de 2005, agradecidinha! ]
(*) o seu a seu dono: quem me dera ter inventado esta piadinha da Trumpsilvânia, mas não - ouvi-a à Nina Hagen, pouco depois de Trump ter ganho as eleições pela primeira vez.
10 novembro 2025
queixinha
09 novembro 2025
doçaria aleatória
07 novembro 2025
o que é preciso é ter saudinha...
05 novembro 2025
Ipanema
29 outubro 2025
como quem diz "boa noite"
27 outubro 2025
"quem segue o seu caminho nunca ficará atrás de ninguém"
prá terra deles...
26 outubro 2025
*máscara*
"How are you today?"
A primeira vez que ouvi esta pergunta, na caixa de uma loja em Boston, pensei maravilhada que aquilo sim, era um país fantástico: com serviço de psicólogo em cada caixa. Hesitei sobre o que queria responder, e quanto iria custar, mas por sorte estava a sentir-me bem e optei por dar uma resposta curta. Ainda não foi nesse dia que a caixeira teve de ir ela própria ao psicólogo para se aliviar dos meus problemas.
Que seria de nós - que seria das conversas, que seria das relações - se respondêssemos sempre com seriedade à pergunta "olá, tudo bem?"
Não sei. Mas estou em crer que seria um mundo com mais empatia. Porque quem vê caras não vê corações, e muitas vezes reagimos à flor da pele da cara, completamente alheios ao que vai por dentro daquela pessoa.
--- As outras máscaras do Largo, na semana passada: - Carla - Mariana - Marisa - Rita
24 outubro 2025
e vocês, como foi o vosso lançamento do Astérix na Lusitânia?
E como foi o vosso lançamento de Astérix na Lusitânia?
"sabe com quem está a falar?"
22 outubro 2025
em todas as ruas te encontro
Esta linda frase até me lembra daquela vez que andava a apanhar lenha com os miúdos no Golden Gate Park, para fazermos uma fogueirinha na praia, e apareceram uns polícias a cavalo. O mais disfarçadamente que pude, meti os miúdos no carro e ala que se faz tarde para outro lado do parque, onde recomeçámos a labuta. Daí a nada os polícias apareceram, e ao passar por mim comentaram: "you are everywhere!" E eu: "you too!" - mas não fui presa.
19 outubro 2025
entardecer
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