O facto de terem revelado no Parlamento português, em jeito de acusação, nomes de crianças que não soam "portugueses" lembra-me um episódio da época em que os nossos filhos nasceram - que coincidiu com o momento em que os neonazis alemães começaram a sair com toda a desfaçatez e violência das tocas onde viviam escondidos.
Optámos pela grafia alemã para protegermos os nossos filhos do mundo em que nasceram: não queríamos que algum neonazi alemão os idenficasse como "estrangeiro" ao ler o nome deles numa simples pauta escolar. E caso fôssemos viver para Portugal, não corriam grandes riscos, porque os portugueses são um povo tolerante.
Pensávamos nós.
Eis que, esta semana, esse nosso antigo temor de crianças na escola ficarem à mercê do ódio neonazi mostrou ser afinal tristemente justificado - e aconteceu no Parlamento português.
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