Private Collection. © Gerhard Richter
Aqui a dorminhoca só reparou hoje que a Almanaque Mag já saiu em Fevereiro. Isso foi, segundo as minhas contas, duas séries de correrias antes daquelas em que ando agora metida. Em plena Berlinale. Não importa: aí está o artigo que escrevi em Novembro de 2023 sobre a Alemanha e Israel. Nasceu de uma necessidade forte que senti na altura de explicar um pouco mais sobre os motivos do comportamento da Alemanha perante os crimes terríveis que Isael estava (e continua) a cometer em Gaza. Algumas passagens já não são muito actuais. Entretanto Israel já triplicou o número de civis que matou em Gaza; os próprios políticos alemães e a população começaram a criticar mais abertamente o governo de Israel; na altura, Geert Wilders era o vencedor das eleições nos Países Baixos, e havia notícias sobre o medo sentido por muçulmanos naquele país - neste momento, já vimos que mesmo que a direita populista ganhe eleições, é possível proteger a democracia. Mesmo assim, o artigo não envelheceu tão mal como temia.
Leiam, e digam o que vos parece.
https://almanaquemag.com/alemanha-e-israel/
3 comentários:
Li o seu artigo de que gostei como habitualmente. Pela minha parte tenho vindo a perder a consideração que tinha pelo Estado de Israel e parecendo-me muito positiva a posição alemã do reconhecimento das atrocidades contra os judeus durante a 2ª grande guerra, parece-me errada a decisão de apoiar de forma acrítica toda e qualquer acção do Estado de Israel.
Numa psicologia de café diria que os portugueses têm excessivo atrito na tomada de decisões, mal alguém sugere fazer algo existe sempre uma multidão de críticas enquanto os alemães, confiantes na sua capacidade de realização, quando tomam uma decisão vão executando-a cada vez mais intensamente até ao fim. Quando se enganam no objectivo criam grandes tragédias.
Eu escrevi sobre guerra Israel-Palestina em https://imagenscomtexto.blogspot.com/2024/03/guerra-israel-palestina-em-gaza.html
A propósito do meu comentário anterior: na Alemanha há alguma história equivalente à nossa sobre o rapaz, o velho e o burro?
No que diz respeito à relação da Alemanha com a sua própria História: como expliquei no meu artigo, é muito compreensível que a Alemanha não queira criticar Israel. No entanto, já há vários meses que o discurso dos políticos alemães está a ganhar novos matizes. E cada vez mais.
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