O Fox (yes! está cá outra vez!) acordou-me às oito da
manhã. Ou então fui eu que acordei e descobri que ele estava mesmo ao meu lado
na cama, de barriga para o ar, todo oferecido. O espertinho percebeu que eu
estava bem disposta e começou logo a pressionar para o levar à rua. Foi o que
fiz, sem tomar duche, nem ver na internet a temperatura lá fora, nem nada.
Fomos ao pão. Estava um dia lindo, mas tão frio que até as pedras se encolhiam.
Pus-me a tirar fotografias, até que o Fox perdeu a paciência e foi andando.
Apanhei-o mais à frente, num baldio. Estava perto de um grupo de cães e
respectivos donos, e veio ao meu encontro. Os outros perguntaram:
- Este cão é seu?
- Sim. Fugiu-me um bocadinho.
- “Um bocadinho”? Ele apareceu-nos vindo da direcção
contrária à sua!
(Adoro pessoas que adoram armar-se em Poirot logo pela
manhã, antes do meu primeiro café e tudo...)
Hesitei entre contar-lhes que o Fox é filho de cães de
aldeia, e que naqueles genes tem muitas gerações de intrépidos avós a andar
soltos por onde lhes apetece, ou fazer um sorrisinho simpático e continuar
caminho. Continuei caminho, a fazer contas de cabeça: entre a 72ª e a 143ª
fotografia, o Fox deve ter tido tempo suficiente para dar a volta completa ao
descampado.
Regressámos a casa, tomei o pequeno-almoço, ele deitou-se
ao meu lado cheio de esperança que caísse por ali um bocadinho de queijo. Caiu.
Moral da história: começou-nos bem, este domingo.
(Mas não contem ao Matthias que eu deixo cair queijo da mesa para o Fox, lá se me estragava o domingo todo.)
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