Esta manhã atrasei-me de novo a publicar o tema do dia na Enciclopédia Ilustrada. Um atraso de mais de vinte minutos! O que é indesculpável, mas tenho boas desculpas:
Primeiro, distraí-me no facebook, cá por causa de
coisas que me fazem sempre rir de mim própria, porque me lembro de um cartoon
em que a mulher, já deitada na cama, diz ao marido para vir finalmente dormir,
e ele, em frente ao computador: "Agora não posso! Há aqui uma pessoa na
internet que não tem razão."
Depois, já atrasadíssima, caí na asneira de ir ver as
efemérides do dia, e descobri que hoje é o dia da revolta do 31 de janeiro.
Isto é grave: precisei de ir ver as efemérides do dia 31 de Janeiro para
me lembrar que hoje é dia de falar da revolta republicana do 31 de Janeiro no Porto.
Cuidado comigo: por este andar chego a 24.4.2024 e vou espreitar as efemérides do dia...
E logo eu, que até sabia perfeitamente que a rua 31 de
Janeiro dantes se chamava rua de Santo António!
Mais atrasada que nunca, mergulhei pela descrição dessa
revolta, em busca de uma palavra chave começada por D, que é a nossa letra hoje. Só encontrei
"derrota". Desarrisca!
Mas fiquei a saber o que não sabia: os revoltosos não
desceram a rua de Santo António. Subiram-na. Lá se foi o filme tão bonito que tenho desde sempre: eles a descerem a rua a partir daquela escadaria da
igreja...
Afinal, do lado da igreja vieram os tiros que os puseram em
debandada. Deve ter sido o momento em que alguém concluiu que a igreja é a
fonte de todos os males.
Ainda me faltava perceber que contexto social terá levado a que
uma mocinha nascida tanto tempo depois da implantação da República aprendesse a dizer
"rua de Santo António" para se referir à rua que já mudara de nome
seis décadas atrás.
Mas - num rasgo único de presença de espírito e bom senso! - publiquei a palavra mágica de hoje antes de ir esclarecer também esse mistério da minha vida. Pelo que só me atrasei 20 minutos. Ou um pouco mais.
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