Na quinta-feira, véspera do primeiro dia da maratona, comecei a sentir uma ligeira dor de garganta. Teste covid negativo, mas nunca fiando: distância ou máscara.
Na sexta-feira continuou tudo igual: dor de garganta, teste negativo. Lá fui eu de máscara e de distância. O Fox também esteve nessa sessão, interessou-se muito por tudo o que se passava no Táxi do Jack. Um dia destes apresento-lhe o Manoel de Oliveira. Mas primeiro tenho de ver se não há lá cães a ladrar, que o Fox é muito sociável e responde-lhes logo (parece o Rosa Púrpura do Cairo, lembram-se? quando o actor saía do écran e vinha falar com a espectadora).
No terceiro dia da maratona, fiquei em casa.
No quarto (que é hoje), também. A minha voz foi à vida dela, resta-me um assobio para me tentar fazer entender. Logo hoje, quando havia vários problemas urgentíssimos a resolver ao telefone. Se ao menos fosse a voz sexy que me costuma acontecer numa gripe, mas não: sai-me um assobio gutural. De modo que hoje ouvi muitas exclamações empáticas começadas por "oh meu deus, que é lá isso!"
O Joachim ofereceu-se para fazer o meu trabalho - desde jantar com a realizadora até às palavras de boas-vindas ao público. Já lhe mandei uma lista com mais de vinte to-dos. E tenho a certeza que vai correr super bem.
(Se calhar, um dia que em Belém tenham uma medalhita de 10 de Junho a mais, podiam pensar no nome dele: ele é assar castanhas para o magusto dos portugueses, ele é apresentar filmes portugueses, ele é fazer de taxista para os realizadores... e no fim, se der prejuízo, chega-se à frente)
(enfim, era só uma ideia)
Ah, e os testes covid: continuam negativos. Parto do princípio que será uma daquelas coisas que dantes tínhamos, e entretanto nos esquecemos como era, e como se chamava.
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