19 fevereiro 2020
Berlinale 2019 - oitavo dia
Nur eine Frau / A Regular Woman, de Sherry Hormann. Este filme alemão que vi na secção Lola foi dos que mais me marcou em 2019. A realizadora apresentou o seu trabalho sumariamente antes da exibição para os colegas: "quis mostrar uma mulher não na sua realidade de vítima, mas na sua realidade de vencedora". E conseguiu: apesar de ser uma "crónica de uma morte anunciada", esta berlinense filha de turcos e vítima de um crime de "honra" revela-se como uma mulher forte, auto-confiante, senhora do seu destino.
Neste post falo sobre a mulher que inspirou este filme.
The red phallus, de Tashi Gyeltschen. Sob a placidez da paisagem, o sobressalto e a agonia de uma vítima.
What she said: the art of Pauline Kael, de Rob Garver.
Na sinagoga, Pauline Kael tocou "somos um exército de cristãos" no seu violino; como crítica de cinema, ousou dizer mal do filme "Shoah" e de "Música no Coração". Talvez por gostar de ser do contra, talvez por saborear a vertigem da recusa do compromisso? Em todo o caso, fazia-o com textos brilhantes. O documentário ilustra as críticas de Pauline Kael com excertos dos filmes mencionados, mas usa de um ritmo demasiado rápido, o que é frustrante para o espectador.
Di jiu tian chang / So long, my son, de Wang Xiaoshuai.
Palavras do realizador: "isto não é um filme, isto é a nossa vida".
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