(foto: Raquel Misarela)
Na página de facebook dos Novos Fitados de História 2018/2019 foi publicado o comunicado que partilho a seguir, para memória futura, juntamente com alguns comentários.
Confirma aquilo de que suspeitava há alguns dias, suspeita que se agravou ao ler a folha que distribuíram durante o cortejo: ainda não entenderam nada de nada.
COMUNICADO:
Enviámos este texto ao evento se opôs à nossa partida no cortejo da queima das fitas de 2019, como provavelmente não irá ser aceite, deixamos como comunicado na nossa página. De modo a alertar a opinião pública e, sobretudo, a comunidade estudantil da outra perspectiva de todo enredo de informação falsa gerada em torno do carro de história de 2019.
"Esta é a minha única intervenção num evento que nasceu enviesado, cresceu baseado em mentiras, falsidades e construções mirabolantes e que terminou num enorme fracasso.
Este evento nasceu da mente de fervorosos activistas que, querendo ganhar importância política, decidiram intervir perante algo que lhes pareceu inaceitável. À primeira vista, não parece nada de anormal. No entanto, querendo intervir e fazendo-o da forma acirrada levando a questão para a comunicação social, algo que a Comissão Organizadora do Carro dispensava perfeitamente, deu a isto uma relevância que a mesma não tinha, nem pretendia ter. Era, apenas e só, o nome de um carro integrante do Cortejo da Queima das Fitas, o qual terminaria no final do cortejo, no amontoado de destroços que são deixados anualmente.
Assim não quiseram. Sentiram-se ofendidos e indignados. Tudo isto apesar de se basearem em premissas falsas e/ou construídas por mentes eruditas mas enviesadas. A esses, a grande questão que se põe é: falar do holocausto é, necessariamente ser a favor do extermínio de judeus ou de outros povos? Referir o holocausto é algo que só deve acontecer em ambiente académico ou sagrado? Mas o mais grave é que as pessoas que iniciaram este processo, que a Comissão dispensava perfeitamente, trataram de supor que os membros assumiam uma posição de negação do acontecimento, que o queriam tratar de forma jocosa e, pasme-se, foram logo apelidados de anti-semitas, entre muitos outros impropérios. O Roberto Benigni é um herege por ter feito uma comédia com o tema...
Desenvolveu-se uma arrazoado de argumentos, os quais partiram de falsos pressupostos, sendo o maior e mais flagrante o facto de se classificarem os membros da Comissão do Carro como “anti-semitas”… nada mais falso. Alguém procurou deturpar, inventar e ocultar informações, usando o seu douto discurso para, literalmente, cair em cima dos alunos e arranjar uma bandeira política que os fizesse trepar e mostrar trabalho perante os órgãos partidários. Mais uma vez se enganaram. Não havia nada de político na questão. Infelizmente, estas mentes, apesar de alguns até serem professores na Faculdade de Letras, revelaram uma tacanhez de espírito brutal. Uma inaptidão para potenciar um diálogo honesto, franco, construtivo e sem condições. Ninguém falaria com outrem que, na sua essência, trata o outro de forma inferior e na presunção de que: “ou pensas como eu ou estás errado”. Estas são algumas das pessoas que, na FLUC, estão catalogadas com uma forma de actuação simples: “falas disto, desta maneira, neste sentido e tens a cadeira feita. Mesmo que tenhas de pedir perdão pelo que vais dizer”… “é assim, não digas nada em contrário”. Em sentido oposto encontra-se o Director da Faculdade, o qual foi a única pessoa que ouviu a Comissão, expôs o seu ponto de vista, sem condições, mas com o qual foi encontrado um ponto de acordo. A palavra foi dada e, perante adultos, isso devia bastar… infelizmente há pessoas que desconfiam da própria sombra.
Estas pessoas, que se envolveram neste processo, baseadas em falsidades, usando as influências nos meios de comunicação social, ocultando, truncando ou inventando notícias não passam daquilo a que o Professor Moreira da Silva refere como os “intelectuais de pacotilha”, uns seres que “conhecem o nome de muitos filósofos, mas não sabem quanto custa um pão, muito menos como ele é produzido. É assim o “papagaio” pseudointelectual que tudo sabe, mas na realidade nada sabe!” De facto, toda esta gente que por aqui comentou, nada sabia. Andaram a falar com pessoas que nada tinham a ver com a Comissão do Carro. Desfiaram eruditas reflexões baseadas em pressupostos falsos e enviesados. Fizeram comentários com os quais os membros da Comissão até concordam em absoluto, porque até partilham da mesma opinião mas… na mente dessas pessoas, estes tinham, forçosamente, de estar do outro lado. Nada mais errado.
Deixo para o fim uma palavra sobre o criador e principal instigador deste ódio. O criador deste evento e seu principal dinamizador. Este, embora pudesse ser incluído no lote dos intelectuais referidos anteriormente, foi além disso. Vestiu a personagem de “bobo da corte”. E digo isto porque tem muitas agravantes. Fez rir, foi engraçado, muitas vezes maçador, chato até, mas foi uma personagem divertida. Mais. Ele conseguiu enganar todos os outros. Fê-los acreditar em algo que ele sabia à partida ser falso. Induziu muitos em erro. Cantou vitórias para depois vir dizer que… afinal… se calhar… uma personagem cheia de contradições, incertezas e carregada de energias negativas. A suprema nota anedótica foi a publicação que acabou por apagar e que celebrava a vitória porque o carro não tinha saído… o que se festejou essa publicação… Mas esta actuação tem várias agravantes, que não podem ser esquecidas. O referido personagem, tinha conhecimento. Sabia que a Comissão se tinha comprometido a não colocar o nome no carro. Foi informado disso. A palavra não lhe bastou… sabe lá ele o que isso é… Depois, ainda mais grave, infiltrou-se ilegalmente, no local onde o carro estava e verificou que, de facto, não iria aparecer o nome “Alcoholocausto” nem referências ao termo “holocausto”, porque a utilizada “shoa” nunca foi usada por ninguém da Comissão. Certamente nada disse aos outros “activistas”, pois não se teriam dado ao trabalho de ir contestar algo que não tinha nada a ver com o que diziam pretender. Ou será que não, e afinal o que queriam era mesmo que o carro não saísse? Se calhar era isso mesmo. Imagino a festa por o carro não estar onde julgavam, partindo do princípio que, não estando ali, tinha sido impedido de sair, e a figurinha depois de saberem que afinal, saiu mesmo e, mais ainda, de forma interventiva, como se pretendia desde o início. (PS – O Conan Osíris está em Israel. Será mais uma “vitória”?…
Terminando, dizer apenas que este Carro só teve o destaque que teve devido a acções deste tipo e que nada mais fizeram do que produzir o efeito contrário ao que pretendiam. Isto apesar de não ser essa a vontade da Comissão do Carro e, para isso, nada ter contribuído. A Comissão resolveu sair de todas as inúteis e nefastas discussões em redes sociais e isso foi cumprido à risca. Se falaram com alguém, nada teve a ver com a Comissão. Dizer ainda que, quer queiram, quer não, o Carro Alcoholocausto saiu e desfilou no Cortejo da Queima das Fitas de 2019. Não é preciso ostentar o seu nome. Ninguém traz, permanentemente, o seu nome escrito na testa. Ele faz parte de cada um. Houve pessoas que, como ficou demonstrado, basearam a sua intervenção em falsidades e construções falaciosas e mirabolantes e construíram algo que extravasou o simples nome de um carro num cortejo… Muito provavelmente, o Alcoholocausto não morrerá aqui, embora fosse essa a vontade da Comissão. O carro terminava a sua função aquando do final do cortejo. Perante todo este alarido, é muito provável que outros peguem nisto e sigam em frente. Em que direcção não se sabe. Resta-me alertar que, quando discutirem o porquê de movimentos deste tipo, não se esqueçam de referir todos aqueles que, na sua ânsia de protagonismo e ascendência política, social ou outra qualquer, deram importância ao que não a tinha e transformaram um grão de areia num enorme pedregulho. Foram eles os responsáveis. Malditas redes sociais."
Texto produzido por Fernando Pimenta, membro da comissão de carro de história 2018/2019.
Alguns comentários a este post:
Jorge Cruz:
Miguel Monteiro tu se não tomas cautela, a lamber botas desta maneira ainda arranjas um tacho na fluc
Miguel Monteiro tu se não tomas cautela, a lamber botas desta maneira ainda arranjas um tacho na fluc
Lourenço Moniz
Miguel Monteiro, Tu és só um mentecapto que gosta de se indignar. Defendes a liberdade (em algumas situações ) e durante toda a discussão no evento criado no Facebook apagaste dezenas de comentários só porque não concordavas com eles. Espanta me que saibas ler,espanta me mais que tenhas chegado a esta idade sem pores a língua numa tomada elétrica. És um hipócrita ,mas sobretudo és uma pessoa triste,que pega nas lutas dos outros sem saber pelo que estás a lutar. Estimo sinceramente que te fodas,e que seja fotografado e emoldurado.
Miguel Monteiro, Tu és só um mentecapto que gosta de se indignar. Defendes a liberdade (em algumas situações ) e durante toda a discussão no evento criado no Facebook apagaste dezenas de comentários só porque não concordavas com eles. Espanta me que saibas ler,espanta me mais que tenhas chegado a esta idade sem pores a língua numa tomada elétrica. És um hipócrita ,mas sobretudo és uma pessoa triste,que pega nas lutas dos outros sem saber pelo que estás a lutar. Estimo sinceramente que te fodas,e que seja fotografado e emoldurado.
Pedro Sebastião
Está tudo dito!! Mas não podia deixar de dar umas palavras para a Comissão de Carro de História de 2019, até porque tive o prazer de ter estado na vossa primeira reunião de carro já há dois anos... Nela procurei fazer entender a importância da construção do carro para o curso e a responsabilidade que este tinha para garantir e continuar a união e companheirismo que tão bem caracteriza o nosso curso de História. Estes objetivos, os principais, foram cumpridos na integralidade. Os meus parabéns rapaziada!!
O nome do carro assume, assim, na minha opinião, um papel secundário. Daí que quando vi o nome escolhido, apesar de não ter gostado particularmente, não lhe dei grande importância. Qual é o meu espanto quando aparecem as primeiras reações ao nome acompanhadas de insultos gratuitos (“ignorantes”, “burros”, “gente sem consciência histórica”, entre outros que não vale a pena repetir e que ficam para cada um), apesar de haver também reações negativas, mas ponderadas e educadas. Alguém que começa o debate com insultos não procura persuadir ninguém da sua intenção. Procura apenas falar para quem já concorda consigo e fazer show-off. Estes insultos foram seguidos de tentativas de linchamento público de alguns membros, ação que pasme-se contou com a colaboração de professores. Opiniões sensatas como a SDDH, da Direção e do Núcleo de Estudantes eram rechaçadas por não terem a “fibra moral” de promoverem a proibição do nome.
Mas qual o porquê disto? Poderia apenas o nome de um carro inspirar tanta polémica? Não. Para se criar polémica tinha de se, em primeiro lugar exacerbar a questão. Já não era apenas o nome de um carro. Era a representação da “banalidade do mal” e, sendo assim, havia legitimidade para ser travado (e ou eu tenho de reler Hannah Arendt ou então penso que a sua reflexão nada tem a ver com a regulação do discurso humorístico mas sim com a falta de pensamento próprio nas ações que tomamos e no seguimento acrítico de ordens, fatores potenciados pelo clima de repressão e medo das sociedades totalitárias). Mesmo que tenha ficado claríssimo no primeiro comunicado da Comissão que não havia qualquer tentativa de reproduzir o antissemitismo ou de defender a ideologia nazi. Mesmo que o nome do carro não belisque os limites à liberdade de expressão expostos na lei portuguesa. E de facto, a partir do momento em que existe o objetivo declarado de “bloquear” o carro, os integrantes desse movimento transformaram-se, simultaneamente, em legisladores e carrascos de uma forma de entendimento da liberdade de expressão que era apenas sua e não tem respaldo legal.
Por último, uma das principais capacidades que aprendi no meu curso não foi a sacralizar eventos históricos, mas sim a de ter a capacidade de analisar as situações de diferentes perspetivas sem fazer juízos absolutos. Mas cada um tem uma formação diferente.
Desculpem-me este textão, especialmente quando começo por dizer que “está tudo dito”… Estou orgulhoso da vossa prestação e, sobretudo de terem abdicado para que, da vossa parte, o cortejo pudesse decorrer na maior normalidade possível. Novamente os meus parabéns.
Está tudo dito!! Mas não podia deixar de dar umas palavras para a Comissão de Carro de História de 2019, até porque tive o prazer de ter estado na vossa primeira reunião de carro já há dois anos... Nela procurei fazer entender a importância da construção do carro para o curso e a responsabilidade que este tinha para garantir e continuar a união e companheirismo que tão bem caracteriza o nosso curso de História. Estes objetivos, os principais, foram cumpridos na integralidade. Os meus parabéns rapaziada!!
O nome do carro assume, assim, na minha opinião, um papel secundário. Daí que quando vi o nome escolhido, apesar de não ter gostado particularmente, não lhe dei grande importância. Qual é o meu espanto quando aparecem as primeiras reações ao nome acompanhadas de insultos gratuitos (“ignorantes”, “burros”, “gente sem consciência histórica”, entre outros que não vale a pena repetir e que ficam para cada um), apesar de haver também reações negativas, mas ponderadas e educadas. Alguém que começa o debate com insultos não procura persuadir ninguém da sua intenção. Procura apenas falar para quem já concorda consigo e fazer show-off. Estes insultos foram seguidos de tentativas de linchamento público de alguns membros, ação que pasme-se contou com a colaboração de professores. Opiniões sensatas como a SDDH, da Direção e do Núcleo de Estudantes eram rechaçadas por não terem a “fibra moral” de promoverem a proibição do nome.
Mas qual o porquê disto? Poderia apenas o nome de um carro inspirar tanta polémica? Não. Para se criar polémica tinha de se, em primeiro lugar exacerbar a questão. Já não era apenas o nome de um carro. Era a representação da “banalidade do mal” e, sendo assim, havia legitimidade para ser travado (e ou eu tenho de reler Hannah Arendt ou então penso que a sua reflexão nada tem a ver com a regulação do discurso humorístico mas sim com a falta de pensamento próprio nas ações que tomamos e no seguimento acrítico de ordens, fatores potenciados pelo clima de repressão e medo das sociedades totalitárias). Mesmo que tenha ficado claríssimo no primeiro comunicado da Comissão que não havia qualquer tentativa de reproduzir o antissemitismo ou de defender a ideologia nazi. Mesmo que o nome do carro não belisque os limites à liberdade de expressão expostos na lei portuguesa. E de facto, a partir do momento em que existe o objetivo declarado de “bloquear” o carro, os integrantes desse movimento transformaram-se, simultaneamente, em legisladores e carrascos de uma forma de entendimento da liberdade de expressão que era apenas sua e não tem respaldo legal.
Por último, uma das principais capacidades que aprendi no meu curso não foi a sacralizar eventos históricos, mas sim a de ter a capacidade de analisar as situações de diferentes perspetivas sem fazer juízos absolutos. Mas cada um tem uma formação diferente.
Desculpem-me este textão, especialmente quando começo por dizer que “está tudo dito”… Estou orgulhoso da vossa prestação e, sobretudo de terem abdicado para que, da vossa parte, o cortejo pudesse decorrer na maior normalidade possível. Novamente os meus parabéns.
Paulo César Gonçalves
Deparei-me hoje com este assunto, ao ler um jornal nacional. Como até conheço uma das pessoas envolvidas nesta confusão, interessei-me pelo tema e procurei saber mais. Ao ler um comentário nesta página, creio que de uma professora, percebi que não poderia estar em jogo, apenas, o nome do carro. Ressalvo já, para que não haja dúvidas, que considero o nome bastante mau. Mas, daí ao mesmo ser um gozo ao holocausto, e os membros da comissão (é assim que se designa?) de História serem anti-semitas vai uma distância enorme. Vivemos na ditadura do politicamente correcto. Holocausto é um termo grego, antigo, e não está confinado à Shoah. Aquela banda, os Holocausto Canibal, é anti -semita por conter o termo na sua designação? Referiram, no comunicado, o filme de Roberto Benigni? Sabiam que é baseado em factos verídicos?
Há todo um historial ligado à utilização do termo, assim como há, também, uma coisa que se chama "humor", goste-se ou não. Quem é que limita os limites do humor? Quem é que se julga com moral para julgar, e, sem medo, queimar, literalmente, um grupo de jovens finalistas? Foi isso que eu vi, com fotos no "Diário das Beiras". Quiseram, deliberadamente, queimar os jovens junto da opinião pública.
Posso dizer que confio pouco em professores universitários. Habitualmente, é gente que está mais preocupada com a reputação e com o ego. Exerce sobre os demais um paternalismo retorcido. Julgam-se acima da moral. Nas áreas afectas às letras, ainda pior. Há excepções, claro. Depois há os cagões, os marrões, os nhó-nhós e os "yes man". Não sei, entre uns e outros, quais os piores.
Escrever-se que esta gente, os finalistas, porque teve a infeliz ideia de dar o nome que deu ao carro, tem um discurso anti-semita, é muito grave. E é querer mostrar serviço da pior forma, através da intolerância.
Estive há uma semana em Auschwitz, a 27 de Abril. Estou, presentemente, a escrever uma obra sobre um sobrevivente de Buchenwald. Os campos de concentração nasceram da cabeça de gente diplomada. "Altamente qualificada", chamam-lhe agora.
Não aceito, de maneira nenhuma, que chamem anti-semita ao Luís Castro, que conheço quase há 13 anos. Mas está tudo maluco?
Deparei-me hoje com este assunto, ao ler um jornal nacional. Como até conheço uma das pessoas envolvidas nesta confusão, interessei-me pelo tema e procurei saber mais. Ao ler um comentário nesta página, creio que de uma professora, percebi que não poderia estar em jogo, apenas, o nome do carro. Ressalvo já, para que não haja dúvidas, que considero o nome bastante mau. Mas, daí ao mesmo ser um gozo ao holocausto, e os membros da comissão (é assim que se designa?) de História serem anti-semitas vai uma distância enorme. Vivemos na ditadura do politicamente correcto. Holocausto é um termo grego, antigo, e não está confinado à Shoah. Aquela banda, os Holocausto Canibal, é anti -semita por conter o termo na sua designação? Referiram, no comunicado, o filme de Roberto Benigni? Sabiam que é baseado em factos verídicos?
Há todo um historial ligado à utilização do termo, assim como há, também, uma coisa que se chama "humor", goste-se ou não. Quem é que limita os limites do humor? Quem é que se julga com moral para julgar, e, sem medo, queimar, literalmente, um grupo de jovens finalistas? Foi isso que eu vi, com fotos no "Diário das Beiras". Quiseram, deliberadamente, queimar os jovens junto da opinião pública.
Posso dizer que confio pouco em professores universitários. Habitualmente, é gente que está mais preocupada com a reputação e com o ego. Exerce sobre os demais um paternalismo retorcido. Julgam-se acima da moral. Nas áreas afectas às letras, ainda pior. Há excepções, claro. Depois há os cagões, os marrões, os nhó-nhós e os "yes man". Não sei, entre uns e outros, quais os piores.
Escrever-se que esta gente, os finalistas, porque teve a infeliz ideia de dar o nome que deu ao carro, tem um discurso anti-semita, é muito grave. E é querer mostrar serviço da pior forma, através da intolerância.
Estive há uma semana em Auschwitz, a 27 de Abril. Estou, presentemente, a escrever uma obra sobre um sobrevivente de Buchenwald. Os campos de concentração nasceram da cabeça de gente diplomada. "Altamente qualificada", chamam-lhe agora.
Não aceito, de maneira nenhuma, que chamem anti-semita ao Luís Castro, que conheço quase há 13 anos. Mas está tudo maluco?
1 comentário:
Ainda dizem, ah um dia vais ter saudades do tempo da universidade. Não tenho. E quando leio estas coisas tenho menos. Gosto de aprender, mas há ambientes em que se "desaprende". Pergunto-me muitas vezes, até porque tenho crianças, como se transmite a moral... Não se ensina, mas aprende-se. Aprende-se em histórias e na História, mas como se transmite? Para que a moral de uns nao seja tão dispar das dos outros?
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