A Rita Carreira publicou na Destreza das Dúvidas apontamentos da sua viagem a Nova Iorque e a Boston que me deixaram com água na boca, e muita vontade de rever a minha decisão de não voltar aos EUA nos próximos tempos. Dou o dito por não dito, ou espero que o panorama político nos EUA mude?
Conta a Rita:
(...) Em Washington, DC, fui efectivamente à National Gallery of Art--West
Wing, onde vi a exposição do Tintoretto, como sugeriu o Rui Fonseca num
comentário ao post anterior, mas a minha galeria preferida é a 3, onde
estão as esculturas de Rodin e Degas. Apesar de não ser a minha primeira
visita, fiquei tão emocionada que quase chorei. Para quem desconhece a
NGA, são dois edifícios e a ala ocidental tem arte até 1900.
Na ala leste da NGA exibem arte a partir de 1900 e há dois sítios que me
encantam: a galeria onde estão os movimentos franceses do
pós-impressionismo: Nabis, Fauvismo, Expressionismo e as galerias no
topo do edifício que têm Alexander Calder, Barnett Newman, e Mark
Rothko. Escusado será dizer que quando cheguei à galeria de Rothko
estava tão emocionada que chorei mesmo a sério. Cresci tanto a olhar
para as peças dele quando vivia em Houston, que é como se estivesse à
frente de um espelho ou talvez de uma máquina do tempo.
Em DC, para além da National Gallery of Art, fui à Phillips Collection,
ao Hirshhorn Museum, à Renwick Gallery, às Freer/Sackler Galleries, à
National Portrait Gallery, que fica no mesmo edifício que o American Art
Museum, ao jardim de escultura da NGA, ao jardim de escultura do
Hirshhorn, ao cemitério de Arlington, e ao Belmont-Paul Women's Equality
National Monument. Passeei à beira do rio Potomac para apreciar as
cerejeiras em flor e visitei o Washinton Monument, o Lincoln Monument, e
o National World War II Memorial.
Fui ao edifício do United States Department of Agriculture para o
lançamento do relatório WASDE (quando os relatórios saem, somos fechados
numa ala do edifício que fica completamente isolada do exterior, i.e.,
janelas, ninguém tem telemóvel, e nem há ligação de Internet) e antes de
lá ir estive a fazer tempo no Wharf, que foi recentemente desenvolvido.
É um espaço encantador, com mercado de peixe, resturantes, cafés,
esplanadas, marina, e lojas à beira-rio, decorado com muitos vasos
cheios de flores magníficas, que tive a sorte de poder apreciar no seu
auge.
Nesta viagem, também visitei Baltimore, MD, onde nunca tinha estado e
onde fomos comer marisco. Tem um Conservatório/Jardim Botânico muito
engraçado e a zona à beira-rio também é muito agradável. Baltimore foi
uma cidade muito rica, mas perdeu importância e entrou em decadência. Na
Virginia, fomos fazer o trilho do Difficult Run, que é um dos
tributários do Potomac River, e visitei o Great Falls Park, que é uma
das zonas com maior biodiversidade do mundo--as quedas do Potomac são
impressionantes e há também uma componente histórica muito interessante.
Em Nova Iorque só estive dois dias, mas visitei Central Park, a 5th
Avenue, o Metropolitan Museum of Art (a entrada custa $25, mas se
conhecerem alguém que seja membro e tiverem a informação de membro da
pessoa podem entrar sem pagar), o Museum of Modern Art, o Jewish Museum,
a Neue Galerie ($22 bilhete normal), e a Morgan Library.
Se gostam de visitar museus e planeiam vir aos EUA, DC é capaz de ser
preferível a Nova Iorque. Ambas têm colecções de arte fantásticas, mas
em DC quase todos os museus são grátis; em NYC, alguns são grátis um dia
por semana ou durante algumas horas. Também notei desta vez que estive
em Nova Iorque que havia muito mais filas para entrar. DC é mais calma,
apesar de alguns museus serem super-difíceis de se conseguir entrar. Eu
queria ir ao African-American Museum, mas é preciso obter um passe e
estavam esgotados (os passes são grátis).
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