Esta noite tive um pesadelo: a Rússia tentava meter uma ameaça nuclear na Europa num ponto qualquer da fronteira que atravessa a imensa floresta que partilha com a Finlândia. A presidente da República olhava angustiada para aquela imensidão de fronteira, e para a impossibilidade de proteger o país e a União Europeia, e eu enchia-me de pena dela: depois do imenso stress de se bater em eleições, estava agora a braços com um problema irresolúvel, e que só podia correr mal. Por que raio concorreu ela às eleições?
Por que raio concorrem eles às eleições? Porque se sujeitam a correr o risco de falhar estrondosamente, porque é que se sujeitam ao opróbrio e, mais grave ainda, aos opróbrios injustos que estão cada vez mais na moda?
Será mesmo só o alegado oportunismo? A sede de poder? O prazer de decidir?
Será isso?
(Talvez este pesadelo tenha sido uma resposta do meu subconsciente à onda de ódio que passou pelas redes sociais quando se soube que o Mário Soares está hospitalizado em estado grave.)
3 comentários:
Aquilo a que, demasiado benévolamente, se costuma designar por "REDES SOCIAIS" (eufemismo potencialmente desastroso...) não passa de um grotesco megafone, estupidificante e ensurdecedor, a matraquear no interior de uma sub-cave insonorizada (ou assim uma espécie de táxi coletivo de nove lugares, com apenas um passageiro a conduzir e os restantes ocupantes todos taxistas das Chegadas do Aeroporto de Lisboa).
É insuportável para quem frequenta essa sub-cave, mas absolutamente inaudível para quem nunca lá entre.
Felizmente...
Há de tudo, como na farmácia.
Não gostaria de sair de lá. E daqui, desta nossa conversa que também resulta dessas tais redes sociais.
Esta nossa conversa resulta bem mais do nosso conhecimento pessoal...
E os blogues, a bem ver, não são exatamente a mesma "rebaldaria" que caracteriza as outras "redes", bastante mais promíscuas (e inconspícuas...).
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