No fim do Édouard Lalo, enquanto aplaudíamos e o violinista entrava e saía do palco, a amiga sentada ao meu lado apontou-me o homem que lhe abria a porta para os bastidores: aquele senhor é o responsável pelas partituras, e contou-me que o Alexandre da Costa tem uma surpresa formidável para nós.
- O quê? O quê?
- Jimi Hendrix.
- Não, enganou-se de certeza!
Para tirar teimas, aplaudimos com mais entusiasmo ainda, não fosse ele desistir do encore. Ele voltou ao palco, e era mesmo Jimi Hendrix.
Gostei de saber antes, para saborear mais longamente o efeito surpresa.
(não sei se me entendem)
2 comentários:
O efeito surpresa nos outros?
Não, o efeito surpresa em mim própria. Estive ali uns cinco minutos na expectativa "ai, como será Jimi Hendrix ao violino?"
O resto do público não sabia. O violinista subiu ao palco, disse que ia tocar uma peça do grande guitarrista e compositor Jimy Hendrix e começou a tocar. O pessoal não teve tempo nem de se surpreender, nem de se alegrar, nem de pensar "ai como será?", nem nada.
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