01 abril 2012

dia de Portugal na Filarmónica de Berlim (2)

Dia de Portugal, sim, e também das Comunidades Portuguesas que ali se juntaram para ouvir um grande concerto.

Abriu com Joly Braga Santos - provavelmente a primeira vez que se ouviu um compositor português naquela sala. A segunda peça era de Édouard Lalo, primorosamente interpretada por um violinista canadiano, Alexandro da Costa. Pensávamos que era filho de portugueses, mas não. Neto de um português, com enorme mistura de culturas na família - que resulta num violinista de uma extraordinária versatilidade e subtileza. Muito simpático, também, e com grande sentido de humor: quem imaginaria que o encore seria do "great composer Jimi Hendrix"? A sala delirou.



Depois do intervalo, a Sheherazade de Nikolai Rimsky-Korsakov.
Pena que não foi o Alexandre da Costa a tocar a parte da Sheherazade. O primeiro violino era bom, sem dúvida, mas como não seriam aqueles arabesques tocados pelo solista da peça anterior?

O maestro Cesário Costa tem uma maneira muito agradável de dirigir, suave e expressiva. Gostei especialmente da sua interpretação do príncipe Kalendar, e da princesa (aqui, pela Sinfónica de San Francisco, com Pierre Monteux).

Em suma: um programa equilibrado com um bonito toque ibérico, boas interpretações, público muito satisfeito, portugueses radiantes.

(até me esqueci dos rissóis)

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