Um Malvasia de 1875.
Para que conste: no dia 18.11.2011 o vinho da Madeira deixou de me ser vinho para cozinhados e passou-me a ser cultura. Sei agora imenso sobre as castas, e as regiões, e a acidez. E que gosto muito de Boal de 1978 com morangos secos (aaaah, morangos secos!). E como é o sabor de um Verdelho de 1885 e de um Malvasia de 1875. O nariz é estranho - o aroma do Malvasia com 136 anos lembrava um pouco cola, o que não faz mal, porque adoro cheiro de cola, por favor não contem a ninguém - dizia eu: o nariz é estranho, mas o vinho explode na boca. Uma hora depois, o sabor ainda aqui está. E o sorriso nos lábios. Há quem diga que o vinho me fica bem.
Berlim é uma cidade de prodígios, e hoje não lavarei os dentes.
(Como daquela vez que fui directamente da praia de Ipanema para o avião, e ao chegar a casa custou-me tomar banho, porque não queria tirar aquela areia da minha pele.)
2 comentários:
Ai há quem diga que o vinho te fica bem? Não seja por isso, no domingo não vais lavar os dentes outra vez :-)
Vocês estragam-me com mimos.
Quer dizer: vocês estragam os meus dentes com mimos.
:-)
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