24 maio 2011

poupar dinheiro na Dussmann

Ontem fui à Dussmann (se querem saber tudo: ontem ao fim da tarde fui ao ensaio do coro, e a seguir fui beber uma cervejinha com alguns dos cantores e o dirigente, e estivemos a falar sobre ir de comboio até ao Tibete, e como se compra o bilhete em Xangai, e que o de 1ª classe custa menos de 200 euros para um percurso que demora quatro dias, mas se se sair de Xian só demora dois, e que para ir à casa de banho é preciso levar galochas e arregaçar as calças, ou então deve-se usar a dos deficientes, cantar num coro de pessoal diplomático é nisto que dá, agarrem-me que eu vou..., e depois despedi-me deles e fui à Dussmann) porque queria comprar um CD de música clássica, e não há como a cave da Dussmann para uma pessoa encontrar o que quer e de caminho perder-se em desvarios de aaaaaaaaaah, estás aqui?

Os malandros, mal me viram passar por uma mesa enorme de CDs da Martha Argerich em promoção, todos com preços em etiquetas vermelhas e títulos sexy do género "a gravação histórica" ou "the sound of Martha Argerich", puseram a tocar o concerto nº 3 de Rachmaninov para piano. Sabem-na toda, os malandros.
Embalada naquela música e naqueles preços, em menos de nada já tinha a mão cheia de poupanças.
Na mesa ao lado, os DVDs. Ai! Como resistir a um Concerto Triplo e Fantasia Coral de Beethoven com Barenboim, Yo-Yo Ma e Perlman como solistas, a menos de 10 euros? Toca a aproveitar, que só o que ganhava no desconto dava para comprar mais dois.

Quando o pé-de-meia já se aproximava perigosamente de um salário mínimo devolvi quase tudo à proveniência (é bem verdade que os portugueses são incapazes de poupar!) e fui em busca do CD que me levara àquela ratoeira.
E agora estou aqui indecisa, sem saber se comece pelo trio para piano, violino e violoncelo de Tchaikovsky, ou se vá ouvir a Argerich a tocar Ma Mère l'Oye.



Como se não bastasse, hoje servem Schumann no lunchkonzert da Filarmonia. Estou tramada.

2 comentários:

Paulo disse...

Die Qual der Wahl.
E o que te digo é que se tivéssemos cá uma Dussmann estaria eu tramado com tanta poupança.
Bom almoço.

Anónimo disse...

Como a compreendo...Adoro a Dussmann.É responsável pelo aumento de peso na minha mala no regresso de Berlim a Bona...Mas é um peso feliz.