Dificuldade que me apareceu ao traduzir o texto do post anterior: como é que se faz para escrever num português à maneira de Oitocentos?
A solução acaba por ser simples: imagina-se como é que um polícia escreveria um relatório.
Desde que um irmão meu foi multado por "ir com acompanhante a conduzir o veículo abraçado ao mesmo", nunca mais tive dificuldades para escrever a parecer difícil e arrebicado.
(espero que o Fernando Campos não leia isto)
(e aquele editor que estava para me encomendar a tradução do Fausto também não)
(e os senhores da GNR e da PSP também não)
(pelo sim pelo não, sempre era mais avisado ir já tratar de me naturalizar alemã)
5 comentários:
Haha, funcionou tao bem que eu li de rajada e nem cheguei a reparar (que havia um tom, que ele fazia sentido, que estava ali tao discreto que nem se via). És a minha sargenta favorita!
Não seja por isso, senhora minha, passo-te já uma multa.
;-)
Contava o meu avô que tinha encontrado na tropa listagens assim:
cinquenta candeeiros para sargentos de pé alto,
vinte colchões para praças de palha,
mas isto já era em novecentos.
Não acho nada bem uma pessoa abraçar o veículo que conduz em detrimento da que vai ao lado. Penso que o senhor agente da autoridade actuou em conformidade com os bons costumes.
Gi.
pois é, seria já em novecentos, mas é que somos um povo muito apegado às boas tradições...
Paulo,
já sabes como são os homens. Vêm uma máquina, esquecem tudo.
(desculpa, não me ocorreu disparate melhor para responder)
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