13 fevereiro 2008

do lado de cá das câmaras

Ainda histórias do terceiro dia:

1. Enquanto esperávamos pelas estrelas, tivemos oportunidade de observar ao nosso lado uma câmara de televisão que gravava as pantominices de uma mocinha muito bem penteada, em calças de ganga e casaco de peles. "Quem é? Quem será?" - entre o público rapidamente se chegou à conclusão que era uma apresentadora de um programa de futilidades da ZDF. Tipo Hola televisiva. Qual não foi o nosso espanto quando, meia hora mais tarde, a vimos toda produzida no tapete vermelho, a sorrir para os fotógrafos. Estrela de auto-geração espontânea?!

Agora que tenho imensa experiência neste mundo, já posso revelar como é que acontece este tipo de fotografias: a estrela, que está virade para os fotógrafos de um lado do corredor e se deixa fotografar de frente, volta a cabeça na direcção dos fotógrafos que estão atrás de si.

É este o movimento de onda que a Chistina acha muito divertido: os fotógrafos de um lado recuam, enquanto os outros avançam todos simultaneamente na direcção da actriz.


Sir Ben Kingsley com a sua nova mulher, uma brasileira que passou uns bons dez minutos a fazer um sorriso congelado. Provavelmente estava a pensar: "nossa, e pensar que eu achava o mar de Ipanema gelado! comparado com isso aqui, é uma sauna!"

À hora a que esta foto foi feita, estava eu a pôr o gorro, a aconchegar melhor o pescoço dentro do cachecol e a enfiar as mãos nos bolsos, tentando escapar ao frio da noite.

Duas horas mais tarde, quando a noite estava ainda mais fria, apareceu a Hayden Panettiere, assim:

Como é que elas conseguem?!

Isto já é muito mais que ossos do ofício - estou desconfiada que as câmaras fotográficas têm um efeito hipnotizador.

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Adenda, porque a questão só agora me ocorreu:

Será que uma Grace Kelly se sujeitaria a isto? E uma Gracia Patricia?

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