A peça que Jörg Widmann escreveu para o trompista Stefan Horn (estreia mundial, e se calhar primeira e última vez que é tocada, que esta peça é um inconseguimento programado para qualquer trompista, excepto o Stefan Dohr) (hum...hum... acabei de ser desamigada por todos os trompistas do mundo, excepto o Stefan Dohr) era uma delícia de surpresa e humor.
Na 6ª de Bruckner: ali estava o Simon Rattle a dirigir a música tantas vezes apenas com a expressão do rosto, a tirar desta orquestra toda a transparência, a profundidade e a subtileza de que ela é capaz.
E ali estava eu num dos bancos do coro, por trás da percussão, tão perto que bem podia ser mais uma da orquestra, encantada e com as costas a doer, sem tirar os olhos do maestro.
Uma sinfonia inteira a sorrir.
Havia várias cadeiras vazias na sala, teria sido possível sair dos bancos do coro e ir ocupar um lugar mais confortável. Mas ficaram todos. Desconfio que tinham tantas saudades como eu de ver o Simon Rattle a comunicar com a orquestra.
Sem comentários:
Enviar um comentário