01 junho 2025

 



Diz-me o Facebook que faz ontem um ano estava de novo a ser feliz na Filarmonia: 1.6.2024 Ontem regressei ao Simon Rattle (ou ele a mim) e foi lindo – tudo!
A peça que Jörg Widmann escreveu para o trompista Stefan Horn (estreia mundial, e se calhar primeira e última vez que é tocada, que esta peça é um inconseguimento programado para qualquer trompista, excepto o Stefan Dohr) (hum...hum... acabei de ser desamigada por todos os trompistas do mundo, excepto o Stefan Dohr) era uma delícia de surpresa e humor.
Dei comigo a pensar que estava muito mais certa na batuta de Simon Rattle que na de um Petrenko: ali estava ele, o Simon Rattle da inovação e do risco, do prazer do inesperado na música, do humor. O Simon Rattle dos Late Night.
Na 6ª de Bruckner: ali estava o Simon Rattle a dirigir a música tantas vezes apenas com a expressão do rosto, a tirar desta orquestra toda a transparência, a profundidade e a subtileza de que ela é capaz.
E ali estava eu num dos bancos do coro, por trás da percussão, tão perto que bem podia ser mais uma da orquestra, encantada e com as costas a doer, sem tirar os olhos do maestro.
Uma sinfonia inteira a sorrir.
Havia várias cadeiras vazias na sala, teria sido possível sair dos bancos do coro e ir ocupar um lugar mais confortável. Mas ficaram todos. Desconfio que tinham tantas saudades como eu de ver o Simon Rattle a comunicar com a orquestra.

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