17 abril 2023

pequeno delírio de segunda-feira

"Começar uma guerra é uma decisão de um país. Sair é uma decisão de dois. Por isso queremos criar um grupo de países para conversar sobre a paz. A paz é a melhor forma de estabelecer qualquer negociação."

O Lula publicou isto ontem na sua página do twitter, o que me deixou imensamente satisfeita. Há que tempos que andava com ideias de arranjar uma coligação de países de boa-vontade para invadir a Amazónia, com o objectivo de proteger os seus povos e também a sua natureza, que é vital para todo o planeta. O meu sonho era capacetes azuis em tudo o que é aeroporto e estrada naquela região. Só ainda não tinha feito a proposta porque achava que o direito internacional, e outras tretas do género, não eram muito propícios - mas, afinal, para o presidente do Brasil o que importa é a paz.

Sendo assim: toca a invadir, e depois, com o exército bem instalado no terreno, vamos negociar.

Se calhar até podíamos ir pensando já em duas hipóteses de negociação:

(1) ao fim de uns meses de guerra, retiramos e aceitamos devolver metade desse território;

(2) avisamos o Lula que tencionamos invadir a região da Amazónia para a libertar, mas se ele preferir que não haja derramamento de sangue, combinamos de antemão que libertamos apenas 2/3 do território. Ele ainda pode ficar com 1/3, o que é muito generoso da nossa parte, tendo em conta que Lula realiza assim o seu maior desejo, que é ter paz.
Por acaso agora pergunto-me porque é que lhe deixamos 1/3 quando, ao fim e ao cabo, podíamos dar-lhe apenas 1/5. Ou menos. Afinal de contas, nós queremos conquistar o país dele, e ele quer ter paz. Se calhar, aproveitamos ele estar tão pacifista, e libertamos também o Pantanal...
[ Não liguem - estava apenas a levar a lógica do Lula às últimas consequências. ]

[ E agarrem-me, que também estou com vontade de perguntar ao Markus Söder - que ultimamente anda muito enervado por causa do fim da energia nuclear na Alemanha, embora depois da tragédia da tsunami no Japão estivesse na linha da frente a dizer que era preciso acabar urgentemente com as centrais nucleares - em que região da Baviera está disposto a criar a lixeira de mil anos para os resíduos nucleares que ninguém quer ter nas traseiras da sua casa. ]



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