Quando eu morrer - se eu morrer - não me ripem.
Porque se eu, já do outro lado, vir um RIP que me seja dirigido, sou bem capaz de me pôr a dar voltas no caixão. O que é o exacto oposto da intenção de quem me ripou.
Portanto: não me ripem, por favor.
Excepto, talvez, um único RIP, para o caso de alguém se lembrar deste pedido que agora faço, e das consequências que ameaço, e dê consigo a largar então uma gargalhada.
Se eu deixar no mundo algum riso para além da morte, já não se perde tudo.
[ Sosseguem: não me parece que venha a ser atropelada por estes dias, não estou a sofrer de nenhuma "doença prolongada", e até a interminável gripe das semana passada está a chegar ao fim. É só porque hoje vi pessoas inconsoláveis com a morte de uma pessoa muito amada, e vi os RIP que já começam a pipocar por aí, e pensei que ninguém merece. ]
Sem comentários:
Enviar um comentário