08 outubro 2022

agradecer

 

Está por aí alguém com vontade de trocar ideias sobre boa educação?
É que há dias estava a comentar com o meu filho o quanto me irrita quando alguém me pede um favor (uma informação, por exemplo), eu gasto algum do meu tempo tentando dar a ajuda que me é pedida, e no fim: nada. Nem um super básico "obrigado, um abraço".
O Matthias disse-me que muitas vezes não agradece para não aumentar a carga de mails da pessoa. Faço o contrário: custa-me apenas 10 segundos escrever "muito obrigada, desejo-lhe um bom dia" e custa à pessoa que recebe a mensagem menos de 2 segundos para ler, entender e apagar. Mas a boa sensação deixada por alguém ter reconhecido o trabalho e ter enviado uma pequena mensagem simpática perdura por muito mais do que 12 segundos.
Digam-me vocês: perdi alguma etapa da evolução humana? Agora é normal pedir um favor, recebê-lo, e não agradecer? Será que todos pensam, realmente, que é preciso reduzir o tráfico de mensagens electrónicas, e poupam na gratidão? Ou será que pensam que o pessoal de qualquer modo é pago ou existe para fazer aquele trabalho, e por isso não é preciso agradecer?
(O meu filho não sabia. Acredita realmente que deve ser desagradável para o professor receber centenas de mensagens a dizer "muito obrigado". E por isso já agradece antecipadamente na mensagem com a pergunta. Se me deixassem mandar, fazia um pequeno debate naquela escola, para se porem todos de acordo quanto ao comportamento esperado de cada um.)






5 comentários:

jj.amarante disse...

Eu tento agradecer sempre, quanto mais não seja como confirmação que recebi a mensagem. E noto que neste blogue a Helena costuma responder ou simplesmente manifestar que topmou conhecimento.

No meu blogue muitas vezes não dou feeback a comentários excepto quando me fazem uma pergunta ou acho que devo esclarecer alguma coisa.

Helena Araújo disse...

Tem graça notar que respondo. É que eu sinto que ando a falhar aos meus comentadores: além de passar dias sem me lembrar de ir verificar se há comentários, o que corta naturalmente o fluir de uma conversa, muitas vezes tenho a sensação que a minha resposta fica muito aquém do que eles mereciam.
Dantes, os diálogos ocorriam nas caixas de comentários dos blogues. Desde que a conversa se mudou para o facebook, estas caixas de comentários perderam a vida que tinham.

Susana Rodrigues disse...

Tal como a Helena, eu também teria a expectativa de uma resposta agradecendo e até informando se foi útil ou não a ajuda. Não me darem resposta num caso desses, cancela-me a vontade de ajudar no futuro. É que não é só agradecer, é mostrar respeito por quem lhes deu uma ajuda que ainda por cima foi solicitada.

Helena Araújo disse...

Aaah, alguém que me entende! :)

efelima disse...

“Recebemos três educações diferentes: a dos nossos pais, a donos nossos mestres e a do mundo. O que aprendemos nesta última destrói todas as ideias das duas primeiras.”

Montesquieu, filósofo francês (1689-1755)