08 junho 2022

Jakub Józef Orliński

 


Sabem aqueles amores, quando temos perfeita consciência de onde vimos pela primeira vez o ente amado? Conheci Jakub Józef Orliński de calções, absolutamente inesquecível. Não apenas os calções e o seu ar descontraído, mas sobretudo a beleza do seu Vedro com Mio Diletto. Mas vá, confesso: os calções também. Foi aqui:


Ontem esteve em Berlim, na Kammermusiksaal. Cantou Händel, Purcell, Johann Joseph Fux, e três compositores polacos: Henryk Czyż, Mieczysław Karłowicz e Stanisław Moniuszko. Disse que ele e o pianista - Michał Biel, também polaco, e excelente acompanhador - gostam ambos muito desses compositores, e entendem que o resto do mundo também os devia conhecer. Caso a minha opinião interesse para alguma coisa: penso que têm toda a razão. Essas canções não foram compostas para a voz de contratenor de Orliński, pelo que "tudo isto é muito refrescante" - como ele disse, com um sorriso.

Muito refrescante e belo. Um concerto memorável. E um momento surpreendente: o movimento de break dance que fez, de fato, no palco daquela famosa casa, quando já soavam os primeiros acordes de Music for a While. Para logo a seguir entrar com toda a graciosidade na música.



À saída, uma amiga comentou comigo que quando morrer quer subir para o lado de lá ao som do seu "Amen, hallelujah" de Händel. Excelente ideia, roubei-lha logo ali. A ver se morremos juntas e no mesmo momento, assim ele só canta uma vez para as duas, fica mais barato.



3 comentários:

MRegueiras disse...

Vi agora na programação do Rivoli (Porto) que virá cá no próximo ano, a 25 Março. https://www.teatromunicipaldoporto.pt/pt/programa/jakub-jozef-orlienski-e-il-pomo-doro-facce-damore-por-ocasiao-dos-80-anos-de-jorge-gil/

Helena Araújo disse...

É comprar já o bilhetinho! :)

MRegueiras disse...

E hoje foi o dia! Que espectáculo! Obrigada pela recomendação!
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=pfbid02xaTY1HvFiuRidbQBJH5kwoq4jnh6znX9LdthdSKjbauhVz8Q7Fx6sp7re6N1gY5rl&id=705577379