Hoje à noite o Macron vai dizer aos franceses que... (aceitam-se apostas)
O meu coro continua a ensaiar. Até há pouco era ao ar livre, com gorros e cachecóis, e lâmpadas presas à partitura para ver as notas. Da penúltima vez que ensaiámos, chegámos a aguentar uma hora debaixo de uma chuvisquinha parva. No próximo fim-de-semana temos uma saída com todos os cuidados: teste rápido à entrada, quartos individuais, comer em mesas individuais, ensaiar num ginásio escolar com enorme distância uns dos outros e as portas abertas. Já experimentámos ontem num salão enorme aqui em Berlim, e é um bocadinho estranho: por causa da velocidade do som em temperaturas muito baixas, o nosso maestro deve achar que estamos a cantar um cânone.
Gracinhas à parte: a gente vai tentando manter um mínimo de normalidade dentro do respeito pelas regras, mas pode ser que as regras mudem entre hoje e sexta-feira. E não me admira nada que mudem, porque sabemos que os governantes estão a fazer um percurso no gume da navalha entre o colapso da economia e o colapso do sistema de saúde. Nunca quis ser política - e agora, menos que nunca.
De modo que não me queixo. Tanto mais que sei bem que no tempo da peste negra foi pior, no tempo da gripe espanhola foi pior.
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