E além disso, se o Nobel tivesse ido para o Lobo Antunes, todos nós podíamos desatar a dizer coisas interessantes, e ninguém se ia lembrar de troçar de nós e insinuar que até há 5 minutos nem fazíamos ideia de quem era essa pessoa.
(Não me conformo.)
E o país todo ia ficar mais feliz, e pessoas felizes combatem melhor os vírus, de modo que era assim que se controlava a covid, e deixávamos de ser um país de risco, e o turismo voltava a funcionar a pleno vapor, e a economia recuperava. Que é para isso que serve a literatura, caso não saibam.
(Ai, espera - os EUA estão em situação muito mais grave que nós. Precisam mais. OK, OK, senhores júris do Nobel. Por esta vez estão perdoados.)
3 comentários:
Duvido que a maioria da população – que segundo leio nos blogues e nas estatístas ainda não gosta de ler livros (jornais e revistas cor de rosa, sim) - ficasse tão entusiasmada com o prémio Nobel.
O resto do pessoal ficou feliz com Saramago. Eu incluo-me neste grupo. Mas sou “bias” quanto a Lobo Antunes... É que não gosto dele.
Nunca fui tão direta num comentário. : )) Será que estou a mostrar as minhas verdadeiras cores?!!! Na...
Eu raramente conheço os laureados e acho que leio muito acima da média.
O ano passado fiquei muito feliz por ser um autor que eu conheço e que adoro ainda por cima (Peter Handke).
Mas é óptimo não conhecer pois assim também é uma descoberta :)
Catarina, Nobel é Nobel. Que venha para Portugal - é o que interessa. :)
Espiral, sim, é verdade: muitas vezes este prémio alarga o nosso horizonte.
(Mesmo assim, um dia destes podia ser para o Lobo Antunes. ;) )
Enviar um comentário