No dia 1 de Março, ainda a Berlinale decorria, larguei Berlim para ir passar sete meses na Bretanha.
Aqui começo um diário do meu longo verão bretão.
1.3.2020
No aeroporto, à espera do avião, rumo à Bretanha.
A ver vamos o que me reservam os próximos sete meses ali para os lados das traseiras da aldeia do Asterix.
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No avião. A senhora ao meu lado tem cara de chinesa.
Estou aqui a pensar: faço uma cena de racista grotesca (desculpem o pleonasmo) ou porto-me como uma pessoa normal?
(Pessoa normal, não se preocupem. Que quem está a espirrar sou eu, e ela também está a ter um comportamento educado)
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La France!
Seis horas de viagem até Brest com chuva cerrada pela frente.
A paté está boa e felizmente não vi o doc "Gunda" que me ia tirar o prazer de comer coisas assim.
(Sim, eu sei: um dia destes torno-me vegetariana, mas ainda não vai ser hoje)
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Isto, com um vento danado. Mas parece que vai abrir.
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Já não chove.
(Sim: tenho a certeza que estavam todos ansiosos por receber esta notícia...)
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Voltou a chover, voltou a parar de chover. Com um clima destes estou a ver que nunca me vai faltar tema para posts...
No carro entre Paris e Brest, estamos a ouvir o noticiário da rádio Culture.
Agarrem-me, que estou a gostar tanto!
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Começou bem. E mais não digo.
Excepto: parou de chover, e estou a ser atacada por uma garrafa de Entre Deux Mers. Socorro!
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