04 julho 2019

começar o dia com música assim

Um amigo que ganhei no facebook (e vai sem aspas no "amigo" porque não é preciso ter visto alguém em carne e osso para lhe ter amizade) (em termos de amizades nas redes sociais, sou o autêntico anti-São-Tomé: não preciso de tocar para saber) vai ser operado em breve, e - isto é um "supônhamos" a brincar - deu-lhe para ouvir já agora a voz dos anjos do paraíso (pelo menos era o que parecia a quem entrasse desprevenido no seu mural de facebook). De caminho fez uma incursão nos prazeres terrenos, e que prazeres! (como se estivesse a decidir se na vida depois da vida prefere ir para o andar de cima ou o de baixo)

Num impulso, decido partilhar no blogue essa sucessão de tesouros que aconteceu no facebook (esta minha vida internética de leva e traz!) (em termos de logística, sou o vaivém espacial das redes sociais).





(Este rapazinho tem um nome impossível: Jakub Józef Orliński. De resto, não lhe encontro mais nenhum defeito.)




(Caramba! Até fico gaga. Cacacacaca-ramba.
A Elina Garanka compõe aqui a Carmen mais sexy, sensual, libidinosa e pérfida que alguma vez vi. Confesso que estas cenas
me põem a orientação sexual mais em risco que todas as acções de ideologia de género juntas...) (Estou a brincar, claro. Toda a gente sabe que a ideologia de género é que vai acabar com a Humanidade) (Vou já pôr um vestido cor-de-rosa para não esquecer nunca qual é o meu lugar.)
(Não vejam, não: não sabem o que perdem.)





(Mais um dueto de Elina Garanca e Roberto Alagna. Gostei muito de um dos comentários no youtube sobre o final do dueto: Samson: “I love you, Delilah. Now let me tell you by screaming this Bb in your ear.”)
(Há tanta gente com tanta graça nas redes sociais!)


Por sua vez, o youtube em autogestão começou a dar-me presentes sucessivos:





(Nathalie Stutzmann. Maravilhosa. E num instante regresso a um concerto memorável com ela. Junho de 2016 era para ser o mês do Philippe Jaroussky em Berlim, mas o cantor ficou doente e as salas tiveram de arranjar outra solução. O Stabat Mater de Pergolesi seria dirigido por Nathalie Stutzmann, com Jaroussky e Anna Prohaska. Tinha comprado bilhetes para os concertos desse mês (inclusivamente para as master classes) com enorme antecedência, mas Jaroussky começou a falhar sucessivamente e eu comecei a acompanhar com mais atenção as notícias, esperando o milagre de uma recuperação a tempo deste Stabat Mater. Dessa vez não houve milagres. Jarousky continuava doente, e na sua falta Nathalie Stutzmann ofereceu-se para dirigir e cantar simultaneamente. O resultado foi um daqueles concertos "depois disto, já podia morrer".)




(Outra vez os anjos celestiais)





(O programa "A Vida Breve" de Luís Caetano na Antena 2 começa com o tema inicial deste trio. Fica a informação para todos os que ouvem e pensam "ai que bela música, de quem será?)

1 comentário:

Lucy disse...

Obrigada por estas preciosidades. Manda sempre