No espaço de uma semana já fui mordida duas vezes por uma espécie tão agressiva de mosquito que da primeira vez fiquei com um queixo que até parecia a Rainha Vitória, e da segunda vez já estou há três dias de perna estendida, a ver se a inflamação do tornozelo passa sem ser preciso recorrer a antibióticos.
Desconfiei logo que estes mosquitos fatais sejam consequência do aquecimento global, mas o meu médico caseiro disse que também pode ser o meu organismo a envelhecer. Ora, balelas! Claro que só pode ser o aquecimento global, e o meu médico que tenha cuidado, que se mantém a recusa em aceitar os resultados dos trabalhos da esmagadora maioria dos cientistas que estudam o clima ainda acaba a dormir no sofá.
[Eu aqui a interrogar-me quantas reticências e piscadelas de olho devo incluir neste post para perceberem que estou a brincar]
Um amigo que deve ser adepto das medicinas alternativas sugeriu-me que comesse chocolate, porque tem efeito anti-histamínico. Acredito e não me admiro, de modo que hoje ainda antes das onze da manhã já tinha dado forte e feio no medicamento. Quase meia pasta de chocolate da Ritter (das grandes, de 250 g) só para o mosquito saber quem manda. O problema é que tenho a mania de ir à cozinha comer um quadradinho de cada vez, e este permanente subir e descer escadas não é bom para o pé que exige descanso. Nem para a gaveta onde guardo o chocolate - que esta manhã se deve ter sentido num daqueles testes da IKEA, abre e fecha, abre e fecha, abre e fecha.
Não sei se o meu pé melhora ou piora com este anti-histamínico, mas de caminho inventei uma dieta fantástica: quem quiser passar o dia inteiro sem comer e sem ter fome, só tem de aviar uma boa pasta de chocolate pela manhã. Que tal, heinhe?
[Eu aqui a repetir a interrogação anterior]
3 comentários:
Faça o favor de não morrer, Helena!!!
Eu sentiria falta das suas crónicas 💙
Claro que não morro. Pelo contrário: existo cada vez mais.
Tanto o tornozelo como a barriga crescem a olhos vistos. ;)
(agora a sério: já está quase como novo, o tornozelo)
Sofri muito com picadas de mosquito no Algarve e depois na Guiné-Bissau. Passei a usar uns incensos que ardiam numa espiral em fogo lento durante a noite toda. A minha situação melhorou muito quando apareceu o Caladryl uma loção que tinha apenas o inconveniente de uma pessoa parecer que se tinha untado com um barro cor-de-rosa, mas valia bem a pena. Agora uso o Fenistil, um gel transparente que aplico logo que sinto os primeiros incómodos provocados por uma picada. No verão durmo com uma bisnaga de Fenistil na mesa de cabeceira para conseguir pegar no sono mesmo quando ouço o zumbido irritante. No Algarve e em Lisboa (5º andar, não é tão delicado) tenho duas magníficas raquetes eléctricas chinesas que, além de matarem os mosquitos pousados nas paredes sem deixar aqueles vestígios que se tem que rapidamente limpar para evitar que no futuro sejam confundidos com mosquitos activos, ainda conseguem às vezes matar mosquitos a voar. Finalmente, em casos mais extremos uso um repelente em apresentação roll-on de Previpiq.
Os mosquitos que preferem entrar num habitat humano quando têm toda a liberdade para usufruir da Mãe Natureza podem ser exterminados à vontade.
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