Trago esta fotografia e o respectivo texto da página de facebook do Humans of New York.
Junto dois apontamentos:
Assim sem pensar muito, suspeito que é a primeira vez que leio um elogio sincero aos ciganos.
E também: não esquecer nunca que a sociedade tem obrigação de aliviar o
fardo das famílias onde há pessoas com necessidades especiais. Estes
pais - e todos os que estão em situação semelhante - não podem ser
deixados sozinhos. O tão apregoado respeito pela vida tem de
traduzir-se, antes de mais, em apoios institucionais, concretos e
permanentes por parte de uma sociedade solidária.
(Estou a pensar
em amigos meus, na Alemanha, cujo filho nasceu com síndrome de Ondine, o
que significa que podia morrer sempre que adormecesse. O seguro de
saúde assegurava dois turnos de vigilância doméstica - 8 horas durante o
dia, 8 horas nocturnas. Eles falaram-me de uma italiana que tinha de
cuidar sozinha do filho, era acordada várias vezes por noite, todas as
noites, sempre que o alarme avisava que o miúdo tinha parado de
respirar, e do marido dela e pai da criança, que não aguentou a tensão e
resolveu divorciar-se.)
“My
husband and I are artists, so we can’t afford the luxury of babysitters
and caretakers. And nobody’s inviting him to sleepovers. I don’t
complain about it. But you know, a break would be nice. I could always
ask a friend for help, I guess. But sometimes you don’t even have the
strength to verbalize what you need. One night I was alone in the
hospital during one of his surgeries. I was extremely
stressed. My husband had gone home to watch our other kids. There was
a gypsy family in the waiting room. Nineteen of them. And even more
in the cafeteria. All of them were waiting to see what happened to a
sick child. They were taking up space. They were talking loudly.
Occasionally one of them would make a joke and everyone would laugh.
The hospital staff seemed very annoyed. But I remember feeling so
envious. I’d give anything to have a tribe.”
(Barcelona, Spain)
3 comentários:
Gosto tanto deste blogue, Helena.
Obrigada.
se houvesse mais Jean Vanier
Susana Rodrigues, sim, o HONY é um dos lugares mais especiais da internet.
Lucy, em não havendo ele, temos de ser nós a chegar à frente. :)
De facto, penso que os Estados têm de dar este apoio às famílias.
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