Ontem quis ser uma alface de Belgais.
Ou uma galinha de Belgais, que têm uma bela vida.
Por umas horas, poucas, fui parte daquele mundo.
Chegámos quando o sol derramava rente à terra aquela luz tardia que tudo transfigura.
Junto a uma casa onde alguém tocava piano, sentei-me no chão quente em frente às alfazemas, no meio de um chilrear sem fim.
Ah, se eu fosse uma alface de Belgais e me deixassem crescer num canteiro junto àquela janela...
(Vou é tomar um cafezinho, que pressinto em mim um inesgotável manancial de pirosices) (mas era mesmo só para dizer que ontem, em Belgais, foi muito mais que perfeito)
2 comentários:
Tão bom! :)
É do que eu gosto mais quando aqui venho, Helena: o que tem a dizer escorre naturalmente, e eu vou na onda com a mesma paz.
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