Algumas histórias da Berlinale de 2018, agora com bonecos:
1.
Nem sei se lhe chame sovinice ou sentido prático, mas as decorações de Natal ficam lindamente na Berlinale. Durante quase três meses, a "little Manhattan" permanece emoldurada pela floresta de árvores fantasma da Leipziger Platz.
1.
Nem sei se lhe chame sovinice ou sentido prático, mas as decorações de Natal ficam lindamente na Berlinale. Durante quase três meses, a "little Manhattan" permanece emoldurada pela floresta de árvores fantasma da Leipziger Platz.
2.
Um dos meus lugares favoritos da Berlinale, para além dos cinemas propriamente ditos, claro claro, é a lounge da Audi em frente ao Berlinale Palast. Agora é que me vou desgraçar, porque quando isto for do conhecimento de todos deixa de haver lugar para mim, mas pronto: no piso térreo tem um bar onde oferecem o Nespresso. Isso mesmo: oferecem. E no andar de cima tem uma sala com uma vista fantástica para o tapete vermelho, com comida muito boa (infelizmente essa não é oferecida), e volta e meia com concertos ou debates. Passam-se lá boas horinhas enquanto se espera o filme seguinte.
Foi lá que vi este par engraçado: ela a passar um frio dos diabos para ter uma foto daquelas de encher o olho à frente daquele cenário, ele a tirar pacientemente todas as fotos que ela quis, e depois ambos a apreciar o resultado. O amor é lindo.
Um dos meus lugares favoritos da Berlinale, para além dos cinemas propriamente ditos, claro claro, é a lounge da Audi em frente ao Berlinale Palast. Agora é que me vou desgraçar, porque quando isto for do conhecimento de todos deixa de haver lugar para mim, mas pronto: no piso térreo tem um bar onde oferecem o Nespresso. Isso mesmo: oferecem. E no andar de cima tem uma sala com uma vista fantástica para o tapete vermelho, com comida muito boa (infelizmente essa não é oferecida), e volta e meia com concertos ou debates. Passam-se lá boas horinhas enquanto se espera o filme seguinte.
Foi lá que vi este par engraçado: ela a passar um frio dos diabos para ter uma foto daquelas de encher o olho à frente daquele cenário, ele a tirar pacientemente todas as fotos que ela quis, e depois ambos a apreciar o resultado. O amor é lindo.
Foi também em frente ao balcão Nespresso da lounge Audi que passei uma vergonha. Estava ali sossegadinha a bebericar o cappuccino, quando a senhora ao meu lado se virou para mim e atirou:
- Eu conheço-a!
- Hã...
- Vi-a na televisão, há alguns dias!
Ai! Tinha sido entrevistada pouco antes de entrar para o autocarro. Tentei esquivar-me com desculpas parvas, mas os jornalistas foram simpáticos e conseguiram suplantar a parvoíce das minhas desculpas, de modo que estávamos todos a rir quando começaram a fazer perguntas. Queriam saber por qual das portas do autocarro é que eu preferia entrar, e eu disse "pela de trás!" sem hesitação. "E porquê?", perguntaram eles. O meu autocarro já tinha chegado, não tinha tempo para pensar, e: "Porque tenho preguiça de mostrar o meu passe. Tenho-o na carteira, mas não me apetece tirá-lo para mostrar." Daí a nada estava a aparecer na televisão, muito sorridente, a anunciar à Alemanha que sou uma estrangeira preguiçosa.
A senhora no bar do Nespresso sorriu:
- Fiquei tão grata por ter dito aquilo! É que é exactamente o que eu penso. Não dá jeito nenhum tirar o passe para mostrar.
3.
Foi um prazer ver o público do filme Wang Zha de yuxue - Wangdrak's Rain Boots (falei dele aqui). A sala estava cheia de miúdos dos seus 10 ou 12 anos que tinham imensas perguntas a fazer ao rapazinho chinês. No fim, juntaram-se à volta dele a pedir autógrafos. Um enxame simpático.
4.
Na Berlinale 2018 foi anunciado que o seu estimadíssimo director, Dieter Kosslick, ia deixar de estar à frente do festival. Num desses dias parei durante uns momentos a ver a gente que se juntara à espera que ele saísse de uma conferência de imprensa, mostrando cartazes onde se lia "Dieter para (voltar a ser) Presidente". À saída ele foi ter com as pessoas e ficou a conversar com elas um bocadinho.
Isto é Berlim: quando as pessoas sentem que o director do festival de cinema é como se fosse da família.
4.
Numa das últimas manhãs da Berlinale, já dentro do autocarro, reparei que o sol estava a nascer. Saí do autocarro, voltei para trás, esperei pelo sol, e retomei caminho.
Madrugo muito durante os dias do festival, mas vale a pena. Por tudo, e também pelo sol a nascer ao fundo de uma rua.
5.
A Berlinale 2018 foi uma semana de muito frio, e belo céu azul. Entre um filme e outro, pude tirar algumas fotografias engraçadas.
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