A propósito da palavra do dia, que era #Yaoundé, alguém escreveu na Enciclopédia Ilustrada: “Estas
buscas que a EI nos obriga a fazer têm uma virtude: baralham o algoritmo
todo. Ficamos com perfís completamente atipificáveis.”
Era mesmo o
elogio que faltava fazer à Enciclopédia Ilustrada: combate a Cambridge
Analytica e o Bannon! Ainda dão o prémio Nobel da Paz a quem teve a feliz ideia de criar este grupo.
Agora, e para não arranjar problemas por estar a gastar um post com um tema que não está ligado
à palavra do dia, deixem-me contar-vos que uma vez apanhei um táxi em
San Francisco cujo condutor vinha da capital dos Camarões.
- Conhece os Camarões?, perguntou ele.
- Sim! Tem uma fantástica equipa de futebol!, disse eu, que tenho uma grande cultura geral só de ouvir dizer. Ele ficou muito satisfeito. Depois ocorreu-me que
não sabia mais nadinha dos Camarões, e comecei a tentar puxar pela
memória. Finalmente, ocorreu-me mais uma coisa:
- E tem imensa biodiversidade!
Ele anuiu, mas já não tão convencido. Foi aí que me dei conta de que
estava a confundir Camarões com Madagáscar. Ooops. Calei-me por uns
momentos, ele falou de não sei quê, e daí a nada estávamos ambos a
zurzir no Trump. Depois, por estarmos quase a chegar ao cruzamento da
rua onde ficava a minha casa, disse-lhe que me podia deixar ficar na
esquina, porque se me levasse à porta de casa depois tinha de ir dar uma
volta enorme naquela zona de ruas de sentido único. Mas ele insistiu em
entrar na rua, dizendo:
- Já me sinto triste só de pensar que vai sair do meu carro.
De modo que é assim: não sei bem onde é Yaoundé, mas sei que produz uns simpáticos exemplos de seres humanos.
Sem comentários:
Enviar um comentário