Esta manhã o Spiegel trazia uma série de fotos sobre as mais belas bibliotecas do mundo. Do grupo de dezasseis, três eram portuguesas (Coimbra, Mafra, e o Real Gabinete Português de Leitura no Rio de Janeiro).
E assim se alegra um coraçãozinho português numa madrugada em Berlim: Heróis do mar, nobre povo, nação valente!
Mas a seguir dou-me conta de que este é um orgulho deslocado. Estas bibliotecas não são mérito meu. Limitei-me a nascer por acaso no país onde, em séculos passados, outros as fizeram. Aliás: sendo emigrante, nem sequer pago no meu país os impostos que permitem pagar os custos destes edifícios.
E então olho para mim, toda contente como se o Spiegel estivesse a falar de algum feito meu: estou a fazer figura de emplastro da História.
Sem comentários:
Enviar um comentário