11 janeiro 2018
entretanto, na Filarmonia de Hamburgo...
E o making of:
Quando a Filarmonia de Hamburgo foi inaugurada, a televisão passou em horário nobre um documentário sobre os operários que a fizeram: o condutor da escavadora que esvaziou o edifício histórico com todo o cuidado para não rebentar as paredes exteriores, os técnicos que montaram o telhado ondulado, a pequena empresa da Boémia que produziu os candeeiros em técnica puramente artesanal e os electricistas que os instalaram, as várias empresas europeias que uniram esforços para fazer as esculturas de vidro para as janelas.
E agora fazem um vídeo em que põem uma violinista a fazer música com os limpa-vidros.
Em termos de "trabalhos diferentes, dignidade igual", está tudo dito. Gosto muito desta faceta da sociedade alemã.
Esta Filarmonia, cuja construção demorou sete anos mais do que o previsto, e que trouxe à cidade de Hamburgo custos dez vezes mais elevados que os planeados, faz hoje um ano - e já é impossível pensar a cidade de Hamburgo sem esse marco cultural.
Daniel Kaiser resume o fenómeno: "A Elphi é mais do que apenas uma nova sala de música clássica. Tornou-se um símbolo sonante, com impacto internacional. A Filarmonia reposicionou Hamburgo de forma completamente nova no mapa mundial. Os hamburgueses sentem-se orgulhosos quando um New York Times elogia a sua cidade. O turismo tem um boom, a cultura ganha. A Filarmonia é adrenalina para Hamburgo, e mostra a força que a cultura tem. A cultura não é apenas a cereja no topo do bolo, não é um luxo. A cultura pode ser um motor, capaz de mudar uma cidade."
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