Trump anunciou na sede das Nações Unidas que põe a possibilidade de "totally destroy" a Coreia do Norte.
Trump falou em destruição total. Das duas, uma: ou não sabe o que diz, não fará nunca o que ameaça, e não é para levar a sério, ou sabe perfeitamente o que está a dizer e está disposto a fazê-lo. Nesse caso, o que ele anunciou nas Nações Unidas foi algo muito parecido com a "Endlösung" de um país.
E nós a olhar.
Por estes dias penso no que aconteceu na Europa nos anos 30 e 40
do século passado, e na responsabilidade de quem leu "Mein Kampf", de
quem viu o partido de Hitler a avançar pelo país, de quem assistiu à
tomada do poder, de quem viu as manifestações de força e as perseguições políticas e étnicas - e não fez nada.
Nós também não fazemos.
O que é que podemos fazer?
O que é que os alemães de 1933 podiam fazer?
- O que é que diz uma loira quando vê uma casca de banana na rua?
- Oh, não! Lá vou eu escorregar outra vez.
Oh, não! Estaremos nós a escorregar outra vez?
(Ao menos, estes tempos terríveis têm uma pequena vantagem: aprendermos a ser mais humildes no julgamento dos outros, os que há cem anos viram a casca de banana na rua e não souberam evitar a queda.)
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