Ontem o Matthias disse "pescoço" e a seguir perguntou,
muito intrigado, como é que essa palavra se escreve. Segundo ele, seria
assim: pshkoço. Nem sei como se lembrou do "ç", quando o "ss" servia
às mil maravilhas.
Pensei naquele argumento de o AO dificultar a
aprendizagem da língua aos estrangeiros, e dei-me conta de que estas
mudanças são a pontinha da pontinha da pontinha da ponta do iceberg.
Pshkoço! Como é que os desgraçados dos estrangeiros vão saber que uma palavra que se pronuncia como "pshkoço" é para escrever "pescoço"?
Outro exemplo: tenho um cunhado que pensa em "tshsh gulp" quando diz "desculpe". Será uma onomatopeia...
E é para não falar nos "admnshtradorsh" que são o "ilfant" branco das "emprzsh". Entrotrsh malsh.
1 comentário:
Só recentemente ficou perfeitamnete claro para mim porque não se usa a transcrição fonética das palavras de uma língua em vez da sua representação convencional escrita: se fosse esse o caso uma mesma frase teria representações diferentes conforme quem a pronunciasse o que tornaria a leitura muito mais complicada. Fiquei assim mais próximo dos etimologistas. E continuo a detestar o "Acordo" Ortográfico de 1990.
Enviar um comentário