05 novembro 2015

arriscas um pouco por mim? (2)




(foto do site Campact Blog)

Continuando a tradução deste site:
6. O que posso fazer em particular pelas crianças?
7. Como é que posso ajudar a longo prazo?
8. Posso alojar refugiados na minha casa?
9. E quem é que ajuda os milhões de refugiados que não conseguem chegar cá?




6. O que posso fazer em particular pelas crianças?

Já falámos sobre dar brinquedos no ponto 3. Mas há muito mais para dar, além de objectos:

"As crianças refugiadas quase não têm espaço para brincar e se movimentarem", explica a Ajuda aos Refugiados da Diocese de Colónia

Algumas ideias:
- Veja se (em conjunto com outros voluntários) pode oferecer tempo para brincar com as crianças no centro de refugiados.
- Talvez seja possível organizar uma cooperação com um centro desportivo vizinho?
- Organize pequenos passeios na vizinhança do centro de alojamento - a um parque, ao jardim zoológico, etc. (aqui tem um exemplo maravilhoso)
- Também seria possível pensar em convites para centros juvenis e, a um prazo mais longo, actividades de férias.
- Se as crianças refugiadas frequentam a escola, é muito importante dar-lhes ajuda para fazer os trabalhos de casa.


7. Como é que posso ajudar a longo prazo?

- Muitos grupos de voluntários tiveram bons resultados com o apoio por meio de apadrinhamento de refugiados.

Como diz a Associação de Bamberg "Amigo em vez de Estranho", que já organizou muitos apadrinhamentos: "Ao tornar-se padrinho, o voluntário (ou um grupo de voluntários) declara-se aberto para ser o interlocutor de um refugiado ou uma família de refugiados, e para o acompanhar de forma mais pessoal, por exemplo quando vai às repartições públicas ou aos médicos, quando procura um curso de alemão ou visita uma escola ou uma empresa para um estágio ou emprego, ou se precisa de móveis ou outros objectos para a casa, e ainda para o esclarecer sobre alguns costumes desta sociedade. Ou então, apenas para arranjar um local confortável e tomar um chá com essas pessoas, sinal de boas-vindas."
Cada um vive a sua condição de padrinho de forma individual - dependendo das necessidades do refugiado e das possibilidades do voluntário. 

- Para evitar conflitos entre funcionários públicos e voluntários, o Centro Internacional de Friedberg preparou uma lista de informações e tarefas para (futuros) padrinhos

- Para organizar vínculos de apadrinhamento, dirija-se aos centros de voluntários na sua cidade, ao centro de alojamento de refugiados ou ao Conselho de Refugiados do seu Estado.   

Entre os refugiados que chegam à Alemanha também há muitos menores não acompanhados. Em muitas localidades são necessárias pessoas dispostas a apadrinhar ou a tornar-se tutores destes menores. 

- Encontra informações sobre este tema por exemplo no site do Conselho de Refugiados da Baixa-Saxónia

- Se lhe parece que pode assumir esta tarefa, dirija-se ao Conselho de Refugiados do seu Estado, ou ao Centro local de Apoio à Criança.



8. Posso alojar refugiados na minha casa?

Em princípio, pode, e essa oferta seria realmente uma grande ajuda. A vida dos refugiados nos pavilhões de alojamento em massa é quase insuportável, além de estigmatizante. Mas os procedimentos burocráticos para acolher refugiados em casa não são muito fáceis, e o anfitrião deve reflectir cuidadosamente sobre alguns aspectos.

Aqui encontra ajuda:

- Um pequeno "guia de boas maneiras" sobre o tema, no jornal taz [ando a pensar traduzir isto há um mês; tem frases maravilhosas, como "você não tem de provar nada a ninguém: não é boa ideia alojar refugiados num prédio onde vivem neonazis", ou "não há castings de refugiados, para os interessados escolherem os melhores". E avisa para as armadilhas da dependência e da gratidão imposta. - uma maravilha.]

- O site "bem-vindos, refugiados" ajuda a encontrar quartos, sobretudo em apartamentos partilhados, e a orientar-se nas questões práticas

- Se tem edifícios grandes que quer oferecer como alojamento para refugiados, deve dirigir-se à sua autarquia.



9. E quem é que ajuda os milhões de refugiados que não conseguem chegar cá?

Apesar de nas últimas semanas o nosso país estar sobrecarregado com a crise dos refugiados, a esmagadora maioria dos refugiados não conseguem chegar à Alemanha ou à Europa. Por exemplo, na Síria há mais de sete milhões de pessoas em fuga, e mais de quatro milhões foram acolhidos pelos países vizinhos: Jordânia, Líbano ou Turquia. Estes países suportam um esforço bem maior que a Alemanha, apesar de terem um poder económico bem mais reduzido. Ajude também os refugiados que não chegaram à Alemanha, e as organizações que os ajudam, tais como:



- Medico International

- A associação Adopt a Revolution apoia particularmente a resistência civil pacífica contra o regime Assad



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