30 março 2015

não se pode dizer que a minha vida é uma pasmaceira

Está uma pessoa calmamente sentada a fazer uma corrida contra o tempo, e toca o telefone: é a filha, às cinco da manhã do outro lado do mundo, a dizer que se esqueceu do boletim de vacinas e não a deixam ir da Bolívia para a Costa Rica sem provar que tem a vacina da febre amarela.

Se alguém conhecer alguém que faça milagres, agradeço.


ADENDA:
A quem quiser saber como é que a história acabou: consegui que lhe mandassem imagens do boletim. Ela imprimiu, e foi fazer um choradinho às senhoras do aeroporto, disse que estava sem dinheiro (por acaso é verdade), que ia ficar na Bolívia sem ter para onde ir nem como se desenrascar, etc. As senhoras foram para um canto falar sobre o caso dela, e riram-se tanto e com tanto gozo que puseram a Christina furiosa e sem vontade nenhuma de voltar àquele país. Depois pagou 20 euros, e uma médica passou-lhe um atestado de vacina que foi agrafado ao seu passaporte.
Escreveu-me de Quito, onde tinha uma paragem de cinco horas. Estava a ler, sentada ao sol.


2 comentários:

Unknown disse...

Já experimentou digitalizar e enviar por email?

Helena Araújo disse...

O boletim não estava na nossa casa, estava na casa dela. Consegui apanhar lá um amigo, que estava a sair para uma semana de féria (!), que fotografou e enviou por internet. Uffff!