Quando fui morar para a Alemanha, há 25 anos, falaram-me dos holandeses que enchiam o depósito dos seus carros com o combustível mais barato da Holanda, e atravessavam a Alemanha em direcção ao Sul sem deixar neste país um único tostão. As auto-estradas alemãs são gratuitas, e o combustível é mais caro porque parte do seu preço se destina a pagar as despesas da rede viária.
Lembrei-me muito disso nas férias passadas: levávamos da Alemanha não apenas o equipamento de esqui, mas até a comida. O Joachim e os amigos ainda iam a um restaurante na pista (o tal onde trabalhavam duas angolanas) beber um chocolate quente, mas nunca fomos a restaurantes. O pãozinho fresco de manhã, no último dia dois bolitos para quatro, e muita sorte.
Somos os holandeses dos suíços.
Nesta onda de frugalidade, saí logo no primeiro dia para um passeio com as minhas botas de ponta-e-mola, e nem máquina fotográfica levei. Foi pena, porque a paisagem estava um sonho, e só tinha o telemóvel jurássico comigo.
A famosa pista de esqui de fundo, que infelizmente tinha tantas subidas como descidas:
Fotografias que tirei para o caso de um dia fazer um catálogo com uma colecção Outono-Inverno:
(Estou há 25 anos na Alemanha, mas ainda sou portuguesa: tive pena dos suíços, e fui ao Coop comprar uns chocolates, umas pastilhas elásticas, umas bolacinhas, uns fondue de queijo, e assim. Coitados dos suíços, não é bonito ir-lhes gastar a neve sem deixar nada em troca. Depois ficam pobrezinhos e até se vêem obrigados a meter-se num carro e andar 100 km para virem fazer as compras do mês ao Aldi mais perto da sua fronteira.)
2 comentários:
Considerando os preços na Suiça, qualquer um fica com vontade de ser holandês!
Goedendag, Gi! :)
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