(daqui)
Ontem o Joachim desafiou-me para irmos a uma performance em Kreuzberg. Da última vez que aceitei um desafio desses acabei num prédio meio em ruínas nos confins de Prenzlauer Berg, numa sala com cobertores por todo o chão e homens seminus embrulhados em panos brancos a fazer massagens ao público. Nada más, as massagens. Depois mulheres ainda mais seminuas, e sem panos brancos, começaram a contar histórias bizarras da vida delas. Eu é que não as conto aqui, porque pode ser que este blogue seja lido por menores. Ontem estava cansada e cheia de trabalho urgente para fazer e com pouca vontade de dar outra vez com uma sala cheia de sabe-se lá o quê no chão e sabe-se lá que massagens e sabe-se lá que histórias, mas lembrei-me de todas as vezes que o Joachim aceita os desafios que lhe faço, tantos concertos a que ele já foi apesar de estar cansado e ter imenso trabalho, e pensei que temos de ser uns para os outros, e fui.
Ainda bem: foi um dos espectáculos mais memoráveis que vi recentemente (tirando os concertos, claro).
Era o Jobs. Beta 1.0, do Grupo Oito, com coreografia do Ricardo de Paula, que eles apresentam assim:
Jobs is the first Beta version of a meeting of individuals, bodies who have the affinity of movement and who gather through the “Get Physical Process”, to then answer the question: “how many jobs must be done to dance”. Dance is the main reason. Dance is work. Is dance sustainable? | ||
Performer: Ana Jordão, Caroline Alves, Katalin Szücs, Laura Alonso, Miro Wallner, Natalie Riedelsheimer, Olga Ramirez Oferil, Ricardo de Paula, Roberto de Bueno Aires, Zé de Paiva |
Sem comentários:
Enviar um comentário