Este não foi o Natal que merecíamos. Muitas famílias não tiveram na Consoada os pratos que se habituaram. Muitos não conseguiram ter a família toda à mesma mesa. E muitos não puderam dar aos filhos um simples presente.
Já aqui estivemos antes. Já nos sentámos em mesas em que a comida esticava para chegar a todos, já demos aos nossos filhos presentes menores porque não tínhamos como dar outros. Mas a verdade é que para muitos, este foi apenas mais um dia num ano cheio de sacrifícios, e penso muitas vezes neles e no que estão a sofrer.
A eles, e a todos vós, no fim deste ano tão difícil em que tanto já nos foi pedido, peço apenas que procurem a força para, quando olharem os vossos filhos e netos, o façam não com pesar mas com o orgulho de quem sabe que os sacrifícios que fazemos hoje, as difíceis decisões que estamos a tomar, fazemo-lo para que os nossos filhos tenham no futuro um Natal melhor.
A Laura e eu desejamos a todos umas Festas Felizes.
Um abraço,
Pedro."
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Uma ajudazinha aos senhores da Judiciária que tratarão deste caso: procurem o criminoso entre as pessoas que para comer se sentam em mesas, em vez de se sentarem em cadeiras. É um caso fácil de resolver - não deve haver muita gente a comer assim.
7 comentários:
A que se terão habituado os pratos?
Nunca pensei rir-me a propósito desta mensagem de Pedro Passos Coelho... mas agora ri-me a bandeiras despregadas!
Paulo,
os pratos já devem estar fartinhos de gritar "chega para lá!" e "a antiguidade é um posto!" e "arrivista do caraças" e depois dizem uns para os outros "mal ele se levante, reparem se tem no traseiro o selo da vista alegre ou se é mais tipo sacavém".
Paulo, e quem será o façam?
Deve ser o on. (É Francês.)
É bem português a expressão: "sentar à mesa" as mães portuguesas chamam a familia desta maneira: "meninos sentem-se à mesa" e não sentem-se nas cadeiras.
Maria,
"a família toda à mesma mesa" está bem. Mas "Já nos sentámos em mesas" é um absurdo. Do Primeiro Ministro de Portugal exige-se outro domínio do português.
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