25 novembro 2012

Hope Springs



Meryl Streep: excelente, como é o seu middle name. Passa o filme quase todo à beira de um ataque de lágrimas, consegue gerir de forma extraordinária esse lugar de fronteira entre a fragilidade e a contenção, de um lado, e uma extraordinária força de vontade, do outro.
Tommy Lee Jones insuportável. Ou seja: muito bom.
E um Steve Carell que não deve nunca cair na asneira de ser conselheiro matrimonial, porque corre o risco de confundir ainda mais as suas clientes... (mas já estou à espera de um Hope Springs 2, quando o casal for internado na clínica do terapeuta, e este estiver permanentemente presente no écran)

A história não é nada plausível - pois se os dois actores principais até usam sapatos de pele em vez de sapatilhas! Contudo, pelo meio das cenas hilariantes, do exagero e das situações irreais, passam temas que tocam um novo grupo importante de consumidores de cinema. A indústria de Hollywood atenta ao mercado, olhando para uma faixa etária mais velha, e oferecendo-lhe algo para mastigar com vagar.

A gente ri-se muito, mas não é uma comédia.

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