24 outubro 2012

memorial dos Sinti e Roma perseguidos pelo III Reich



Depois do memorial do Holocausto dos judeus europeus, depois do memorial que lembra os homossexuais perseguidos e assassinados, chegou finalmente a vez dos "ciganos" (palavra que não se pode usar na Alemanha, por ser um ferrete de discriminação). Fica mesmo ao lado do Parlamento alemão, e foi inaugurado hoje.





Hermann Höllenreiner, um sobrevivente, mostra ao presidente da República o número tatuado no seu braço.

O memorial é da autoria do israelita Dani Karavan: uma superfície de água, com um triângulo no seu centro, que - segundo o jornal - todos os dias se afundará para emergir depois com uma nova flor.

Os representantes dos povos perseguidos lembraram o essencial: este é o Holocausto esquecido, e Europa não aprendeu quase nada com ele. Anticiganismo devia ser tão condenado como o anti-semitismo. Este memorial representa um reconhecimento que ainda não se traduziu numa mudança de atitude em relação aos povos nómadas da Europa.

Na televisão, ouvi de Romani Rose uma síntese chocante da situação que nos envergonha a todos: "Os Sinti e Roma vivem entre os alemães, estão bem integrados. Vão à escola, estudam, têm bons empregos. Mas não revelam a ninguém qual é a sua etnia. Desde pequeninas, as crianças são educadas para não contarem a ninguém que falam outra língua, além da alemã."

(As fotografias foram tiradas do Tagesspiegel)

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