(daqui) (e acabei de saber o preço do bicho, ai!, querem lá ver que quando não estiver em uso deve ser guardado num cofre bancário?)
No princípio da semana passada o Joachim foi a Paris, depois voltou, depois foi a Londres. Levei-o ao aeroporto, incrédula da pouquíssima bagagem que levava: a sua maleta de médico, apesar de ter o portátil, parecia mais vazia que a minha carteira quando vou ao supermercado da esquina. Assegurou-me que sim, que tinha tudo o necessário, inclusivamente um fato de banho. Vá lá que não tinha as sapatilhas de jogging que costuma levar para estas viagens...
No sábado voltou, e eu fui buscá-lo. Desafiei-o para irmos dar uma voltinha até Moscovo, porque era dia da Russendisko do Kaminer. Ele disse que não: estava era mortinho por aterrar num sofá berlinense. Para falar verdade, eu também. Mas tinha uma missão a cumprir: ir falar com o escritor, para ver se se conseguia o milagre de ele virar toda a sua agenda do avesso, e vir dar-nos um passinho de dança a Lisboa, para o lançamento daquele tal livro mais famoso deste blogue. A Christina, que é um amor, aceitou fazer companhia à cota, e lá fomos as duas para a discoteca. (A ver se me lembro disto da próxima vez que me zangar muito muito muito com ela)
O George Clooney de Berlim mas para mais bonito (quem o disse não fui eu, foi esta senhora) estava no seu posto de comando a fazer música. Falei com a Olga Kaminer, que me tirou todas as esperanças, que já têm todos os dias ocupados até meados de 2013, e assim. E eu paciência, o que não tem remédio remediado está, mas pelo sim pelo não mando-lhe um email com a data da saída do livro, talvez se arranje um milagrezinho, e ela que sim, está bem, e daí a bocado vi-a a atravessar a pista de dança para ir falar com o marido. O Wladimir Kaminer também a viu, e pôs-se a tocar um trombone imaginário para receber a sua Olga com toques de fanfarra. Ela gritava-lhe explicações ao ouvido, ele interrompia-a para lhe sorrir, para a beijar, e ela recomeçava e explicava, e ele beijava-a de novo. Na Moscovo de Berlim há filmes lindos, é o que vos digo. Pouco depois viram-me e acenaram-me, eu acenei de volta e fui ter com eles, para ouvir de um muito sorridente Kaminer que talvez sim, talvez se arranje alguma coisa. Agradeci (e só não lhes beijei os pés porque eles estavam por trás do balcão, e eu não sou a mulher-aranha) e quando já estava a preparar-me para sair do Café Burger a Olga Kaminer veio convidar-me para a première do filme Russendisko, que é na próxima quarta-feira. "Se quiser pode levar a sua filha", acrescentou.
A Christina não cabia em si de contente: ela e o Matthias Schweighöfer no mesmo tapete vermelho?! (A ver se se lembra disto da próxima vez que se zangar muito muito muito com a cota)
No domingo era o 11 de Março, uma orquestra de Tóquio homenageava na Filarmonia as vítimas do tsunami, e distribuíram convites para irmos depois ao centro cultural Japão-Alemanha, em Dahlem. Fui, claro. O Japão aqui ao dobrar da esquina, e valeu a pena: raramente comi um sushi com um arroz tão bem feito, e uns castella caseiros melhores ainda que o pão-de-ló da Nélia em Esposende.
Agora temos é de combinar com o Francisco uma ida à Coreia, ele sabe de um restaurante em Wedding que...
7 comentários:
É só dizeres quando, eu preciso de desculpas para procrastinar :p
Hoje vou jantar a um siberiano em Prenzlauer Berg experimentar Пельмени с мясом медведя /Pel'meni s myasom medvedya/ Pelmeni com carne de urso.
(Afinal polaco sempre serve para alguma coisa, traduzi no Google o prato de DE para RU e, mesmo estando escrito em cirílico, consegui perceber quase tudo. Em polaco seria "Pelmeni z mięsem niedźwiedzia")
Outro dia experimentei pelmeni de borrego e não gostei. Acho que sou mais ave ou porco...
Olha, será que te apeteceria procrastinar este sábado? Tenho cá visitas e estava capaz de os desafiar para uma ida à Coreia...
Tu já sabes tanto polaco?! Caramba, estou impressionada! Um dia que nos decidamos a ir a Cracóvia e Varsóvia, queres ir feito nosso guia? ;-)
Combinado! Sábado seja :-)
Quer dizer, não sei assim tanto polaco (só tive 10 aulas), mas já começo a compreender as estruturas da língua. Quando estive em Praga em Fevereiro ajudou-me muito já ter umas luzes de polaco.
Os prodígios não param? Pensava que eles só aconteciam em Fevereiro.
Francisco, espera! Ainda tenho de perguntar às restantes vítimas.
Ouve: tu com dez aulas de polaco já sabes dizer "pelmeni de carne de urso" nessa língua impossível?!!!!
Paulo, parece que sobraram alguns para Maio, também... :-)
Pergunta à Rita, ela esteve lá e adorou (pelo menos é o que me diz a minha memória).
Quer dizer, eu sei coisas básicas, e muita coisa vai por analogia e gramática. Eu aprendo línguas da maneira que a maioria das pessoas odeia: com gramática à colherada. Hm ^^ Lecker
Pelmin-i(PL) z(pede INSTR) mięs-em(INSTR) niedźwiedzi-a(GEN).
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