06 janeiro 2012

Laerte

Até à semana passada não sabia da existência do Laerte Coutinho. Uma amiga brasileira falou-me dele, do acidente que matou o seu filho aos 22 anos, do seu cross-dressing.

Fui à procura de mais informações, e encontrei uma série deliciosa de cartoons sobre um Deus muito parecido com o meu. Em especial aquela sequência de um Deus que não actua, mas consola - linda, e ainda mais cheia de significados se pensarmos na tragédia que rasgou a sua vida.

Numa entrevista, fala de forma desassombrada sobre a imagem que cultiva. Explicado assim fica tão simples, e mais: deixa-me a pensar no que terá sido a reacção da sociedade quando as mulheres começaram a vestir calças e a cortar o cabelo como os homens, e como isso hoje é considerado natural.










Adenda: Acrescento ainda uma frase dessa amiga que me deu a conhecer Laerte, e que me será mapa de tesouro para novas buscas: "O Laerte, com Angeli e Glauco, formou um trio muito importante dos anos sessenta, do Pasquim. O Pasquim era genial, a minha fonte de mundo na adolescência."

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