Já me tinha esquecido do PEC alemão. Há uma eternidade, pouco antes de rebentar o problema das contas gregas, falou-se muito do pacote de austeridade que o governo alemão tinha de cumprir para equilibrar as suas contas. As pessoas gemeram um bocado, mas logo a seguir a Grécia entrou na actualidade com notícias tão terríveis que as notícias sobre o PEC passaram para segundo plano.
Na semana passada, uma conhecida minha que trabalha num consulado alemão algures por esse mundo, contou que lhe cortaram o décimo terceiro mês e o subsídio de férias, e que não sabem como pagar as rendas dos edifícios a partir do próximo mês. É que eles fizeram as continhas ao que era preciso para funcionar, e chegaram a, digamos, 180, mas de Berlim receberam 110 com um bilhetinho: "amanhem-se com isto". Não se conseguiram amanhar, de modo que Berlim anda agora a tentar juntar migalhas sobrantes de outros consulados para lhes pagar as rendas a partir de Outubro.
O PEC, pois claro. Está vivo, e recomenda-se.
Entretanto a notícia do dia é esta: se as coisas correrem mal, pode ser que os contribuintes alemães tenham de entrar com 465 mil milhões de euros para salvar o euro. Em dinheiro vivo, se bem entendi. O que, dividido por 80 milhões, mais coisa menos coisa, dá quase 6.000 euros por pessoa. Só a minha família seriam 24.000 euros, uma ninharia. Quer dizer: 18.000, porque eu não sou alemã. Talvez seja boa ideia não meter o processo para me naturalizar, afinal...
3 comentários:
Obrigada pela perspectiva diferente da questão alemã! :)
Eu, pessoalmente não fazia ideia.
Pois é, anónimo: nem eu fazia ideia! Já me tinha esquecido completamente do PEC alemão.
helena, menina, deixa-te ficar portuguesinha, rapariga! ao menos o nosso passado é bem mais vasto e glorioso!!
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