Por causa do Sócrates e do Passos Coelho
(ah! finalmente a culpa já não é só do Sócrates! Portugal deu um grande salto em frente! e o que isto nos vai custar de ginástica mental para perceber e conseguir reajustar o disco riscado, hã? um exercício óptimo contra o Alzheimer! que seja tudo para bem da saúde pública! e adiante:)
hoje senti que precisava de ir a uma sessão de "yoga para reduzir o stress".
Não é que seja realmente yoga, mas faz-me bem na mesma.
Lá para o fim fizemos uma pequena revisão da matéria dada, "eu sou o meu melhor amigo", "eu tenho muito valor", "eu vou conseguir atingir os meus objectivos", e depois esfregamos as mãos para elas se encherem de energia, e enquanto o fazíamos a monitora (monitora? maga? sacerdotisa?) lembrava as pessoas que estão a sofrer horrores devido às catástrofes naturais e técnicas, lembrava os políticos de todo o mundo e a necessidade de eles terem pensamentos de Paz e de Bem, e depois abrimos muito os braços para espalhar a nossa melhor energia para o mundo inteiro, e com os braços fazíamos um grande círculo, para a frente e para a esquerda e para a direita, enquanto repetíamos: "eu irradio o meu sol".
Se isto não é uma maneira de rezar...
O que é curioso: primeiro afastamo-nos da Igreja, fazemos grande escarcéu para nos libertarmos do jugo desse ópio, e depois andamos por aí ó tio ó tio a tentar recuperar mistérios.
(e nem vos digo quanto custam essas sessões de irradiar o meu sol para os políticos do mundo inteiro)
7 comentários:
Essa última frase é um excelente remate!!
Qual é a diferença entre esse processo e o "oremos irmaos" daquela oraçao em que prometemos rezar por toda a gente?
PS: Nem quero imaginar o preço. Estás portanto a espalhar sol conservador, esotérico e de classe. Às tantas a culpa do aumento da desigualdade social é vossa.
Blondeetc.,
:-)
Rita,
é assim: cada um varre à frente da sua portinha. Eu varro aqui para os lados do clube exclusivo de Charlottenburg, os que não podem sempre têm a possibilidade de entrar na igreja/sinagoga/mesquita da sua rua...
Que culpa temos nós, os da mó de cima, que os socialistas não rezem? ;-)
Brincadeiras à parte:
Se calhar é preciso reinventar as orações nas igrejas tradicionais (as gratuitas, hehehe)
Nelas não há muito espaço para silêncio, para sentirmos o nosso corpo, sentirmo-nos inteiramente, escutar o que vai dentro de nós, reencontrarmo-nos connosco, e a partir daí - e da consciencialização que há em nós algo de muito forte que pode mudar tudo -, abraçar o mundo.
O "oremos, irmãos" acontece a 200 à hora, não dá tempo para nada.
Mas claro que há excepções: já te falei de Taizé? (hihihi)
hihihihi
(vou-te escrever)
ali ao lado tens um email. usei-o.
:)
eheheheh...
(tenho umas continhas a acertar contigo, mas isso virá depois) lê uma entrevista do Tolentino de Mendonça no jornal "i".
Não tenho aqui o link (preguiça) mas no facebook comento a mesma numa entrada do Rui Almeida.
beijinhos, espalhadora de orações
Pois aqui fico à espera dessas contas. Será caso para fugir para debaixo da cama?
Já encontrei a entrevista. obrigada!
(eu não espalho orações, espalho energia... hihihi)
Enviar um comentário