A propósito deste post, e da discussão muito interessante que vai por aquela caixa de comentários
(será que já louvei hoje os meus comentadores? É que são o maior orgulho deste blogue!),
acrescento as frases finais de um artigo que li hoje no Spiegel, sobre a extraordinária diferença nos resultados dos inquéritos à popularidade do Guttenberg, que variam conforme as pessoas tenham acesso à internet, se informem via televisão ou jornais. Em suma: pessoas que percorrem a internet são menos influenciáveis.
As frases finais desse artigo:
"Aqui ocorreu uma mudança de paradigma", afirma o psicólogo social Strack. Até agora, os políticos conseguiam resistir a um escândalo desde que tivessem do seu lado media com uma componente visual forte - segundo o lema de Gerhard Schröder, que disse uma vez, quando era chanceler, que para a Política basta ter o Bild, o Bild am Sonntag e a televisão.
Hoje o mundo tem um aspecto diferente, graças à internet - e pode ser visto, como no caso Guttenberg, na página "Guttenplag Wiki", na qual centenas de voluntários revelaram, a uma velocidade estonteante, a dimensão do plágio. "As pessoas já não se deixam travar, por exemplo por uma Universidade que pretende examinar as acusações contra Guttenberg durante semanas e semanas", diz Strack. A existência de informações disponíveis numa dimensão como nunca houve até agora conduz a que "a opinião pública não se deixe enganar tão facilmente".
2 comentários:
exactly. é a grande vantagem da democracia em directo que, quantas vezes, a net está a demonstrar que (também) é.
Pois. Isso é que revolta em Portugal os Pachecos Pereiras: é certos "blogues" políticos de excelência, como o «CÂMARA CORPORATIVA», o «JUGULAR» e outros (como o «Aspirina B» e o «ARRASTÃO») terem vindo "ratar" - e de que maneira! - o papel antes todo-poderoso da "TVI", da "SIC", do "Correio da Manhã" e do antigo "Público".
A vida não está nada fácil para os goebbelzinhos de hoje... HABITUEM-SE!
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