19 fevereiro 2011

Toast



Até agora, o filme mais fraquinho que vi nesta Berlinale.
Imaginei-o uma ode à culinária. Saiu-me um filme com ambientes impecavelmente criados à boa maneira da BBC, óptimos actores, alguns momentos de humor, mas ainda assim um mero filme de televisão.
Bom para um domingo de chuva em casa.

Para aliviar a decepção valeu-nos o Monsieur Vuong, que não é muito longe do cinema Cubix.

Para os turistas em Berlim: uma região a explorar - em dez minutos de passeio a pé passa-se de um horroroso exemplo de urbanismo comunista para uma das zonas mais interessantes da Berlim Leste pós queda do muro. Lojas pequenas de designers mais ou menos desconhecidos, algumas lojas de marca, restaurantes e bares agradáveis, público jovem.
Na Alte Schönhauser Straße havia várias lojas com os vidros rachados. Na primeira ainda pensámos que seria decoração ("ena, ena, estes berlinenses lembram-se de cada coisa!...") mas ao fim de seis ou sete no mesmo estado decidimos entrar e perguntar o que era aquilo. "Foram os okupas ", contou a dona. "Como reacção de protesto por terem sido desalojados de uma casa. Passaram por aí, e partiram as montras de 30 lojas da rua".

4 comentários:

Paulo disse...

Eu bem digo: quem quiser saber tudo sobre o que se passa na Berlinale, incluindo sobre os filmes, tem de vir aqui.

Helena Araújo disse...

:-)

("tudo" é uma maneira de dizer...)

majoao disse...

ò Helena, quem te disse que o filme seria uma ode à culinária???
eu achei-o muitíssimo bem feito, precisamente por não se limitar ao aspeto culinário.
E para quem o for ver em Portugal e arredores, aconselho a ter atenção ao excecional genérico!

Helena Araújo disse...

Quem será que me disse? Às tantas, foi este meu dom de tirar pelo sentido e... catrapum.

Se calhar devia ver mais filmes ingleses, para me educar. O Another Year ainda está cá. Não passa desta semana.
E o "dos homens e dos deuses" também está, ali na Broadway. Não passa de hoje. Até vou tentar convencer o rapaz a ir ver também.