15 fevereiro 2011
life in a day
Este filme é uma delícia: a não perder. Para rir, para chorar, para sair do cinema sentindo uma espécie de amor maternal por toda a humanidade.
Vi-no no Friedrichtstadtpalast, uma sala enorme e com cadeiras terrivelmente desconfortáveis, mas nem reparei nisso. O filme cativa desde o primeiro minuto. Tão bom, que quando chegou ao fim as pessoas não queriam aplaudir, para não quebrar a magia. Mas aplaudiram, longamente. Tem grandes hipóteses de receber o Prémio do Público da Berlinale.
Foi montado a partir de milhares de filmes enviados por pessoas de todo o mundo, mas gravados num único dia: 24 de Julho de 2010. Nota-se a preponderância de um certo olhar ocidental, ou ocidentalizado - resultante talvez do facto de ter sido feito por pessoas com acesso ao youtube e com dinheiro suficiente para terem uma câmara de filmar. Mas nem isso lhe retira uma impressionante pluralidade de experiências e culturas, de dor e devaneio pessoal.
No final da sessão a que assisti apareceram alguns dos seus autores em palco: os autores do projecto, a família cuja mãe tinha cancro, e o cameraman que filmou um ciclista coreano que anda a dar a volta ao mundo. Claro que a mãe de família chorou, claro que a sala aplaudiu outra vez, encantada: onde o cinema se mistura com a realidade.
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7 comentários:
Obrigado, Helena Araújo (Lopes).
A cobertura que tens feito da Berlinale é preciosa.
:-)
Ainda bem que gostas. Eu escrevo estas coisas sem saber se interessa a alguém, e fico feliz por saber que ao menos uma pessoa gostou. E logo quem, oh, grande honra!
Ora, ora. O que é isso?
Ora, ora, o que há-de ser? Uma grande honra, nem mais nem menos! :-)
Em S.Paulo pouco cinema não americano se exibia. Desde que moro em Berlim, este festival tem sido uma revelação, escola a que vou com agrado. Lucas
Errata: estava "Junho", era "Julho" - obrigada, Paula!
Muito bom. Já roubei ali o de cima... ;) Só tenho pena de não poder ver todo.
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