Este post no Garden of Philodemus lembrou-me um momento de quotidiana magia, há mais de dez anos. Fui com os miúdos, aí pelos seus de cinco e três anos, a uma loja de partituras e música clássica. Enquanto eu procurava pelas prateleiras, eles escolheram um canto sossegado para esperar. Momentos mais tarde dei-me conta de um fenómeno muito estranho: a loja estava cheia de pessoas com um ar feliz. Trocavam sorrisos, faziam sinais apontando numa direcção.
Alguém me disse: "os seus filhos são amorosos". Espreitei: estavam sentados no chão, de mão dada, muito concentrados no vídeo de uma ópera.
Regressei à minha busca por entre as prateleiras de uma loja subitamente transformada.
2 comentários:
Helena, :-)
Os pais deste miúdo andavam, com o outro filho, mais novo, nos expositores de música popular portuguesa. E ele ali... Um do nosso grupo não resistiu a perguntar Gostas disto? e ele limitou-se a acenar afirmativamente, sem desviar os olhos e, presumo, os ouvidos.
Os olhos, sobretudo, imagino eu. O Simon Rattle é um espectáculo. Já assisti a um concerto com ele em que eu estava mesmo por trás da percussão. Apesar do exagero dos tambores, valeu bem a pena, para o ver a dançar de frente, assim tão perto.
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